Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9317
Tipo do documento: Dissertação
Título: Relação do comer intuitivo e da restrição alimentar com o estado nutricional de universitárias da Região Sul do Brasil
Autor: Majolo, Tamara Goldstein Chazan
Primeiro orientador: Feoli, Ana Maria Pandolfo
Primeiro coorientador: Poínhos, Rui Manuel de Almeida
Resumo: Perder peso por motivo de saúde ou estético independentemente do Índice de Massa Corporal (IMC) que o indivíduo tenha é um desejo comum e frequente, em especial na população feminina. Estudos apontam que tratamentos tradicionais baseados em restrição alimentar não são sustentáveis a longo prazo: grande parte dos indivíduos recuperam o peso que perderam ou ganham mais. A restrição alimentar pode ser fator de risco para transtornos alimentares, comer transtornado, obesidade, deficiências nutricionais, sintomas depressivos, aumento da ansiedade, isolamento social, piora da imagem corporal e autoestima. Como alternativa, o Comer Intuitivo, um conceito criado por duas nutricionistas americanas (Evelyn Tribole e Elyse Resch), vem crescendo na área científica, com a proposta de que o indivíduo se alimente de acordo com seus sinais internos de fome e saciedade, e não conforme uma dieta prescrita. Por ser uma área nova dentro da pesquisa, e tendo em vista o aumento do desconforto da população com o corpo e a comida, o comer intuitivo parece uma alternativa promissora. Não tendo sido feito estudo com amostra de universitárias brasileiras da Região Sul e comer intuitivo, este estudo teve como objetivo avaliar o Comer Intuitivo de universitárias da Região Sul do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) e sua relação com o IMC. Para tanto, foi usada a Intuitive Eating Scale-2 (IES-2), uma escala com 23 itens que avalia o quanto os indivíduos tendem a comer de forma intuitiva. Ela possui quatro subescalas: Permissão incondicional para comer, Comer por razões físicas e não emocionais, Confiança nos sinais internos de fome e saciedade e Congruência de escolha entre corpo e comida. Na seção teórica, em formato de capítulo de livro, foi feito um levantamento da literatura científica sobre os efeitos da restrição alimentar e uma apresentação detalhada do Comer Intuitivo. No primeiro artigo, apresentado na seção empírica, com desenho transversal, foi aplicado um questionário sociodemográfico, a IES-2 e uma escala de Restrição Alimentar em universitárias da Região Sul do Brasil via formulário online para verificar sua relação com o IMC. Ambas as escalas estão traduzidas e validadas para o português. A Restraint Scale também tem subescalas: 1) Preocupação em fazer dieta e 2) Flutuação de peso. O cálculo amostral foi de 385, mas o total de participantes foi de 1.012 estudantes (idades entre 18 e 66 anos, com média de idade de 25,4). Os resultados apontaram que comer de forma intuitiva pode proporcionar menor IMC quando analisados todos os estratos desse índice juntos. Quando são analisados por estratos separados, existiram variações (quanto maior a pontuação da IES-2 na eutrofia e no sobrepeso, maior o IMC; e no estrato da obesidade encontrou-se pontuação baixa, média e alta), o que sugere a complexidade do comportamento alimentar. No segundo artigo, foram avaliadas as evidências de validade da IES-2, que mostrou cargas fatoriais adequadas, apresentando Alpha de Cronbach de 0,88 na subescala Comer por razões físicas e não emocionais; 0,86 na subescala Confiança nos sinais internos de fome e saciedade; 0,86 na subescala Congruência entre corpo e comida e 0,70 na subescala Permissão incondicional para comer, demonstrando ser um bom instrumento para medir o comer intuitivo de universitárias brasileiras. Comer de acordo com sinais internos de fome e saciedade está relacionado com menor IMC. No entanto, ao analisar os estratos de IMC separadamente (eutrofia, sobrepeso e obesidade), essa relação não se confirma. Os dados deste estudo mostram a importância de analisar a peculiaridade e características de cada de faixa de IMC, considerando a complexidade dos determinantes que compõem o comportamento alimentar.
Abstract: Losing weight for health or aesthetic purposes regardless of the Body Mass Index (BMI) of the individual is a common and frequent desire, especially among the female population. Studies point out that the traditional methods used in food restriction are not sustainable in the long run: most people recover all the weight they have lost or even put on more weight. Dietary restriction may be a risk factor for eating disorders, disordered eating, obesity, nutritional deficiencies, depressive symptoms, increased anxiety, social isolation, poor body image and self-esteem. Alternatively, Intuitive Eating, an approach created by two American nutritionists (Evelyn Tribole and Elyse Resch) has been growing in the scientific field, with the proposition that the individual feeds according to his hunger and satiety signs and not according to a prescribed diet. This study aims to evaluate the Intuitive Eating of the college students of the Southern Region of Brazil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina and Paraná) and its relationship with the BMI through the Intuitive Eating Scale-2 (IES-2), a 23-item scale composed of four subscales: Unconditional Permission to Eat, Eating for Physical Rather than Emotional Reasons, Reliance on Hunger and Satiety Cues and Body-Food Choice Congruence. In the theoretical section, in book's chapter format, a survey of the scientific literature on the effects of dietary restriction and a detailed presentation of the Intuitive Eating was made. In the first article, presented in the empirical section, with a cross sectional design, a sociodemographic questionnaire, the IES-2 and the Restraint Scale in female students from Southern Brazil were applied via online form (qualtrics) to verify their relationship with BMI. This scale also has subscales: 1) Concern about dieting and 2) Weight fluctuation. The sample size calculation was 385, but the total number of participants was 1,012 students (ages 18 to 66 with an average age of 25.4). The results showed that eating intuitively can provide a lower BMI when analyzing all the BMI strata together. When they are analyzed by separate strata, there were variations (the higher the IES-2 score in eutrophy and overweigth, the higher the BMI; and in the obesity stratum, low, medium and high scores were found) suggesting important data for further research to expand the conclusions of this dissertation, contributing to better understand the complexity of eating behavior. In the second article, the evidence of the validity of IES-2 was evaluated, showing adequate factor loadings, presenting Cronbach's Alpha of 0.88 in the Eating for Physical rather than Emotional Reasons subscale; 0.86 in the Reliance on Hunger and Satiety Cues subscale; 0.86 in the Body-Food Choice Congruence subscale and 0.70 in the Unconditional Permission to Eat subscale as a good instrument to evaluate intuitive eating of Brazilian college students. Eating according to internal signs of hunger and satiety is related to lower BMI. However, when analyzing the BMI strata separately (eutrophy, overweight and obesity), this relationship is not confirmed. The data in this study show the importance of analyzing the peculiarity and characteristics of each BMI range, considering the complexity of the determinants that make up eating behavior.
Palavras-chave: Comportamento Alimentar
Comer Intuitivo
Restrição Alimentar
IMC
Índice de Massa Corporal
Feeding Behavior
Intuitive Eating
Food Restriction
BMI
Body Mass Index
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Ciências da Saúde
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho será publicado como artigo ou livro
Prazo para liberar texto completo: 60 meses
Data para liberar texto completo: 03/11/2025
URI: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9317
Data de defesa: 30-Mar-2020
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Psicologia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DIS_TAMARA_GOLDSTEIN_CHAZAN_MAJOLO_CONFIDENCIAL.pdfTAMARA_GOLDSTEIN_CHAZAN_MAJOLO_DIS315,58 kBAdobe PDFThumbnail

Baixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.