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Please use this identifier to cite or link to this item: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7500
Document type: Tese
Title: Morbidade neonatal em um hospital com alta prevalência de cesarianas eletivas
Other Titles: Neonatal morbidity in a hospital with a high prevalence of elective cesarean section
Author: Moraes, Edite Terezinha 
Advisor: Fiori, Humberto Holmer
Abstract (native): Objetivos: Avaliar a prevalência de complicações neonatais com necessidade de cuidados especiais, morbidade respiratória e encefalopatia hipóxico-isquêmica, de acordo com o tipo de parto, em um hospital privado com alta prevalência de cesarianas. Métodos: Estudo retrospectivo que incluiu recém-nascidos de ≥37 semanas de idade gestacional e peso de nascimento ≥2.500 g cujos partos ocorreram no período de fevereiro de 2013 a junho de 2016. Foram excluídos os recém-nascidos com malformações e/ou infecções congênitas que necessitaram de cuidados especiais. Os prontuários eletrônicos foram revisados por dois autores e os dados foram analisados por meio do programa IBM SPSS versão 22.0, utilizando teste do qui quadrado ou exato de Fisher, Kruskal-Wallis e teste Z. Os pacientes foram classificados conforme o tipo de parto: parto vaginal; cesárea após trabalho de parto; cesárea agendada; cesárea por bolsa rota; cesárea por patologias ou situações específicas, incluindo doença materna hipertensiva, diabetes, restrição do crescimento intrauterino e gemelaridade; e cesárea de emergência. Posteriormente, os tipos de parto foram reclassificados em grupos maiores para a análise: Grupo 1: parto vaginal + cesárea após trabalho de parto; Grupo 2: cesárea agendada + cesárea por bolsa rota + cesárea por patologia. A cesárea de emergência foi analisada separadamente. Resultados: Foram incluídos no estudo 12.528 recém-nascidos, dos quais 6.894 (55%) nasceram por cesárea agendada, 3.252 (26%) pelos outros tipos de cesárea e 2.382 (19%) por parto vaginal, resultando em uma prevalência de cesarianas de 81%. Cinquenta e três por cento das parturientes eram primíparas. O peso ao nascer foi significativamente maior na cesárea agendada do que nos outros tipos de parto. A idade gestacional não foi diferente comparando cesárea agendada e parto vaginal, (mediana 39 semanas), mas foi maior nestes do que nos outros modos de parto (mediana 38 semanas). A necessidade de cuidados especiais (internação na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal) no Grupo 1 foi de 2,68% (intervalo de confiança [IC]95% 2,06-3,31%) e no Grupo 2 foi de 2,85% (IC95% 2,25-3,21), diferença não significativa (p=0,680). Porém, analisando por idade gestacional, a necessidade de cuidados especiais do Grupo 2 foi significativamente mais frequente para os nascidos antes de 38 semanas (p=0,023) e menos frequente para os nascidos após as 40 semanas (p=0,026). Nas demais idades gestacionais não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos. A incidência de disfunção respiratória precoce foi de 0,93% (IC95% 0,56-1,31) no Grupo 1 e de 1,17% no Grupo 2 (p=0,389). A incidência de encefalopatia hipóxico-isquêmica foi 0,23% (IC95% 0,05- 0,42) no Grupo 1 e zero no Grupo 2 (p <0,001). Durante o período do estudo, houve apenas uma morte materna, no grupo cesárea de emergência. Conclusões: Houve maior prevalência de morbidade neonatal, relacionada ao nascimento antes das 38 semanas de idade gestacional, no grupo que incluiu cesárea agendada + cesárea por bolsa rota + cesárea por patologia, comparado ao grupo que incluiu parto vaginal + cesárea intraparto, apoiando as recomendações de que as cesarianas eletivas devem ser evitadas antes das 39 semanas completas de gestação. Nesta amostra, a cesariana sem trabalho de parto prévio foi associada a risco reduzido de encefalopatia hipóxico-isquêmica no recém-nascido.
Abstract (english): Objectives: To assess the prevalence of neonatal complications requiring special care, respiratory morbidity and hypoxic-ischemic encephalopathy, according to the type of delivery, in a private hospital with a high prevalence of cesarean section. Methods: Retrospective study, involving neonates of ≥37 weeks of gestational age and birthweight of ≥2,500 g whose births occurred between February 2013 and June 2016. Neonates with malformations and/or congenital infections who required special care were excluded. The electronic charts were reviewed by two authors and the data were analyzed using the IBM SPSS version 22.0 program using Chi-square test or Fisher's exact test, Kruskal-Wallis test and Z test. Patients were classified according to type of delivery: vaginal delivery; cesarean section after onset of labor; scheduled cesarean section; cesarean section after rupture of membranes; cesarean section due to specific pathologies or conditions, including maternal hypertensive disease, diabetes, intrauterine growth restriction and twinning; and emergency cesarean section. Subsequently, the types of delivery were reclassified into larger groups for analysis: Group 1: vaginal delivery + cesarean section after labor; Group 2: scheduled cesarean section + cesarean section after rupture of membranes + cesarean section due to pathology. The emergency cesarean section was analyzed separately. Results: A total of 12,528 newborns were included in the study, of which 6,894 (55%) were born by scheduled cesarean section, 3,252 (26%) by other types of cesarean section and 2,382 (19%) by vaginal delivery, resulting in a prevalence of cesarean section of 81%. Fifty-three percent of parturient women were primiparous. Birth weight was significantly higher in scheduled cesarean section than in other types of delivery. The gestational age was not different comparing scheduled cesarean section and vaginal delivery, (median 39 weeks), but was higher in these than in other modes of delivery (median 38 weeks). The need for special care (hospitalization in the Neonatal Intensive Care Unit) in Group 1 was 2.68% (95% confidence interval [CI] 2.06-3.31%) and in Group 2 it was 2.85% (95%CI 2.25-3.21), a non-significant difference (p=0.680). However, analyzing for gestational age, the need for special care in Group 2 was significantly more frequent for those born before 38 weeks (p=0.023) and less frequent for those born after 40 weeks (p=0.026). In the other gestational ages, no significant differences were found between groups. The incidence of early respiratory distress was 0.93% (95%CI 0.56-1.31) in Group 1 and 1.17% in Group 2 (p=0.389). The incidence of hypoxic-ischemic encephalopathy was 0.23% (95%CI 0.05-0.42) in Group 1 and zero in Group 2 (p<0.001). During the study period, there was only one maternal death, in the emergency cesarean section group. Conclusions: A higher prevalence of neonatal morbidity was related to birth before 38 weeks of gestation in the group that included scheduled cesarean section + cesarean section after rupture of membranes + cesarean section due to pathology, compared to the group that included vaginal delivery + intrapartum cesarean section. These results support the recommendations that elective cesareans should be avoided before the 39 completed weeks of gestation. In this sample, cesarean section without previous labor was associated with a reduced risk of hypoxic- ischemic encephalopathy in the neonate.
Keywords: Parto
Cesárea
Nascimento a Termo
Asfixia Neonatal
Unidades de Terapia Intensiva Neonatal
Taquipneia Transitória do Recém-Nascido
Encefalopatia Anóxico-Isquêmica
CNPQ Knowledge Areas: CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Language: por
Country: Brasil
Publisher: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Institution Acronym: PUCRS
Department: Escola de Medicina
Program: Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança
Access type: Acesso Aberto
Fulltext access restriction: Trabalho não apresenta restrição para publicação
URI: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7500
Issue Date: 28-Mar-2017
Appears in Collections:Programa de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da Criança

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