@PHDTHESIS{ 2017:703310737, title = {Morbidade neonatal em um hospital com alta prevalência de cesarianas eletivas}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7500", abstract = "Objetivos: Avaliar a prevalência de complicações neonatais com necessidade de cuidados especiais, morbidade respiratória e encefalopatia hipóxico-isquêmica, de acordo com o tipo de parto, em um hospital privado com alta prevalência de cesarianas. Métodos: Estudo retrospectivo que incluiu recém-nascidos de ≥37 semanas de idade gestacional e peso de nascimento ≥2.500 g cujos partos ocorreram no período de fevereiro de 2013 a junho de 2016. Foram excluídos os recém-nascidos com malformações e/ou infecções congênitas que necessitaram de cuidados especiais. Os prontuários eletrônicos foram revisados por dois autores e os dados foram analisados por meio do programa IBM SPSS versão 22.0, utilizando teste do qui quadrado ou exato de Fisher, Kruskal-Wallis e teste Z. Os pacientes foram classificados conforme o tipo de parto: parto vaginal; cesárea após trabalho de parto; cesárea agendada; cesárea por bolsa rota; cesárea por patologias ou situações específicas, incluindo doença materna hipertensiva, diabetes, restrição do crescimento intrauterino e gemelaridade; e cesárea de emergência. Posteriormente, os tipos de parto foram reclassificados em grupos maiores para a análise: Grupo 1: parto vaginal + cesárea após trabalho de parto; Grupo 2: cesárea agendada + cesárea por bolsa rota + cesárea por patologia. A cesárea de emergência foi analisada separadamente. Resultados: Foram incluídos no estudo 12.528 recém-nascidos, dos quais 6.894 (55%) nasceram por cesárea agendada, 3.252 (26%) pelos outros tipos de cesárea e 2.382 (19%) por parto vaginal, resultando em uma prevalência de cesarianas de 81%. Cinquenta e três por cento das parturientes eram primíparas. O peso ao nascer foi significativamente maior na cesárea agendada do que nos outros tipos de parto. A idade gestacional não foi diferente comparando cesárea agendada e parto vaginal, (mediana 39 semanas), mas foi maior nestes do que nos outros modos de parto (mediana 38 semanas). A necessidade de cuidados especiais (internação na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal) no Grupo 1 foi de 2,68% (intervalo de confiança [IC]95% 2,06-3,31%) e no Grupo 2 foi de 2,85% (IC95% 2,25-3,21), diferença não significativa (p=0,680). Porém, analisando por idade gestacional, a necessidade de cuidados especiais do Grupo 2 foi significativamente mais frequente para os nascidos antes de 38 semanas (p=0,023) e menos frequente para os nascidos após as 40 semanas (p=0,026). Nas demais idades gestacionais não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos. A incidência de disfunção respiratória precoce foi de 0,93% (IC95% 0,56-1,31) no Grupo 1 e de 1,17% no Grupo 2 (p=0,389). A incidência de encefalopatia hipóxico-isquêmica foi 0,23% (IC95% 0,05- 0,42) no Grupo 1 e zero no Grupo 2 (p <0,001). Durante o período do estudo, houve apenas uma morte materna, no grupo cesárea de emergência. Conclusões: Houve maior prevalência de morbidade neonatal, relacionada ao nascimento antes das 38 semanas de idade gestacional, no grupo que incluiu cesárea agendada + cesárea por bolsa rota + cesárea por patologia, comparado ao grupo que incluiu parto vaginal + cesárea intraparto, apoiando as recomendações de que as cesarianas eletivas devem ser evitadas antes das 39 semanas completas de gestação. Nesta amostra, a cesariana sem trabalho de parto prévio foi associada a risco reduzido de encefalopatia hipóxico-isquêmica no recém-nascido.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança}, note = {Escola de Medicina} }