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Tipo do documento: Dissertação
Título: Idade gestacional e sucesso de amamentação em recém-nascidos a termo nascidos de cesariana eletiva
Autor: Scheeren, Marôla Flores da Cunha 
Primeiro orientador: Fiori, Humberto Holmer
Resumo: O leite materno representa a melhor fonte de nutrição para crianças, e fornece benefícios extensivos a todo processo do desenvolvimento. A amamentação tem efeitos sobre a saúde das crianças, contribuindo para melhora da sobrevivência. Metanálises recentes apontam que a amamentação confere proteção contra infecções e alterações gastrointestinais na infância, promove potencial redução de sobrepeso e diabetes, e influencia positivamente o desenvolvimento do intelecto. Além disso, também pode co-afetar desfechos na saúde materna. A amamentação para as lactantes está associada a proteção contra o câncer de mama e ovário, e redução de diabetes tipo 2. Os benefícios do aleitamento materno atingem populações que vivem em países de todas as faixas de renda. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e sua manutenção, acompanhada por outros alimentos, até os dois anos. E mesmo com todas essas iniciativas em curso há mais de 25 anos, as taxas globais de amamentação permanecem bem abaixo das metas internacionais. A influência do tipo de parto na duração da amamentação e na manutenção do aleitamento materno exclusivo é bastante questionada. Estudos envolvendo o tema são controversos. Alguns estudos demonstraram melhores resultados de aleitamento materno exclusivo e duração de amamentação entre os bebês nascidos de parto vaginal, enquanto outros não detectaram estas diferenças. Entretanto, amamentação possui determinantes multifatoriais. Nos últimos anos, surgiram evidências de diferenças em relação ao êxito da amamentação entre os recém-nascidos a termo. Inclusive, reconhecendo a vulnerabilidade das crianças nascidas de termo entre 37 semanas e 38 semanas, quando comparados aos recém-nascidos de termo nascidos entre 39 a 41 semanas. Saber reconhecer o comportamento e as particularidades dos bebês a termo, pode possibilitar suporte adequado, antes e depois do nascimento. E assim, contribuir de forma fundamental para a manutenção da amamentação exclusiva e continuada. Este estudo teve como intenção avaliar os resultados de amamentação dos recém-nascidos a termo por parto cesáreo, e verificar as diferenças existentes entre as faixas de idades gestacionais ao nascimento. Métodos: Estudo retrospectivo de uma coorte, que incluiu recém-nascidos a termo e suas mães, cujos partos ocorreram por cesárea eletiva no Hospital Moinhos de Vento (HMV), em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O estudo abrangeu os nascimentos ocorridos no período de outubro de 2011 a abril de 2013. Entre os critérios de inclusão, estão o parto ocorrido por cesariana eletiva (ou seja, agendada previamente por motivos diversos) e idade gestacional mínima de 37 semanas. O banco de dados foi constituído por dados iniciais obtidos nos prontuários dos recém-nascidos e mediante entrevistas com as mães na sala de recuperação, após o parto. Os dados de seguimento foram obtidos por contato telefônico com cada mãe, ao final da segunda semana de vida, no terceiro mês e no sexto mês após o nascimento. Resultados: Neste estudo foram incluídos 954 recém-nascidos, de termo, nascidos por cesariana eletiva. A maioria dos recém-nascidos incluídos na pesquisa tinha idade gestacional entre 38 e 39 semanas. As análises foram procedidas conforme as faixas de idade gestacional que compreendem o nascimento a termo. Amamentação exclusiva aos 3 meses e estar em aleitamento materno aos 6 meses apresentaram associação estatística significativa na correlação com a variabilidade da idade gestacional ( p=0,024 e p=0,004, respectivamente). Outra análise, categorizou os participantes em recém-nascidos de termo precoce (nascidos entre 37-38 semanas e 6 dias) e recém-nascidos de termo completo ( nascidos entre 39-40 semanas e 6 dias). Demonstrou-se associação estatística significativa da amamentação exclusiva aos 3 meses (p=0,008) e aleitamento materno aos 6 meses (p=0,001) na correlação entre termo precoce e termo completo. A elaboração de teste de tendência evidenciou tendência progressiva significativa da curva de amamentação versus idade gestacional. Conclusão: A idade gestacional aparenta ter impacto sobre a amamentação. Nossos resultados demonstram que existem diferenças, dentro dos nascidos a termo, entre 37 semanas e 41 semanas de gestação, em relação aos desfechos de amamentação. Variações de uma a duas semanas a mais de gestação implicam em melhores resultados de amamentação exclusiva aos 3 meses e na continuidade do aleitamento materno aos 6 meses.
Abstract: Breastmilk represents the best source of nutrition for children and provides extensive benefits to every developmental process. Breastfeeding has effects on children's health, contributing to improved survival. Recent meta-analyzes indicate that breastfeeding confers protection against infections and gastrointestinal changes in childhood, promotes potential reduction of overweight and diabetes, and positively influences the development of the intellect. In addition, it can also co-affect outcomes in maternal health. Breastfeeding for infants is associated with protection against breast and ovarian cancer and reduction of type 2 diabetes. The benefits of breastfeeding reach populations living in countries of all income brackets. The World Health Organization recommends exclusive breastfeeding up to six months of age and its maintenance, accompanied by other foods, until the age of two. And even with all these initiatives going on for more than 25 years, overall breastfeeding rates remain well below international targets. The influence of the type of delivery on the duration of breastfeeding and the maintenance of exclusive breastfeeding is highly questioned. Studies involving the subject are controversial. Some studies have shown better results of exclusive breastfeeding and duration of breastfeeding among babies born vaginally, while others did not detect these differences. However, breastfeeding has multifactorial determinants. In recent years, evidence has emerged of differences in the success of breastfeeding among full-term newborns. Also, recognizing the vulnerability of children born at term between 37 weeks and 38 weeks, when compared to term newborns born between 39 and 41 weeks. How to recognize the behavior and particularities of full-term babies can provide adequate support before and after birth. And thus, contribute fundamentally to the maintenance of exclusive and continued breastfeeding. The purpose of this study was to evaluate the results of breastfeeding of newborns by cesarean section and to verify the differences between the gestational age ranges at birth. Methods: A retrospective study of a cohort that included term newborns and their mothers, whose deliveries occurred by elective cesarean section at the Moinhos de Vento Hospital (HMV), in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil, from October 2011 to April 2013. Among the inclusion criteria are delivery by elective cesarean section (previously scheduled for various reasons) and minimum gestational age of 37 weeks. The database consisted of initial data obtained in the records of the newborns and through interviews with the mothers in the recovery room, after delivery. Follow-up data were obtained by telephone contact with each mother at the end of the second week of life, in the third month and in the sixth month after birth. Results: In this study, 954 term newborns were borned by elective caesarean section. Most of the newborns included in the research were gestational age between 38 and 39 weeks. The analyzes were performed according to the gestational age ranges that comprise full term birth. Exclusive breastfeeding at 3 months and being breastfed at 6 months presented a statistically significant correlation with gestational age variability (p=0.024 and p=0.004, respectively). Another analysis categorized the participants in early term (born between 37-38 weeks and 6 days) and full term (born between 39-40 weeks and 6 days). A significant statistical association of exclusive breastfeeding at 3 months (p=0.008) and 6 months of breastfeeding (p=0.001) was demonstrated in the correlation between early term and full term. The elaboration of trend test evidenced a significant progressive tendency of the breastfeeding versus gestational age curve. Conclusion: Gestational age has an impact on breastfeeding. Our results demonstrate that there are differences, within full-term births, between 37 weeks and 41 weeks of gestation in relation to breastfeeding outcomes. Variations from one to two weeks of gestation imply better breastfeeding results at 3 months and continuity of breastfeeding at 6 months.
Palavras-chave: Amamentação
Aleitamento Exclusivo
Idade Gestacional
Recém-nascido a Termo
Cesariana Eletiva
Breastfeeding
Exclusive Breastfeeding
Gestational Age
Term Newborn
Elective Cesarean Section
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
MEDICINA::SAUDE MATERNO-INFANTIL
CLINICA MEDICA::PEDIATRIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Medicina
Programa: Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho será publicado como artigo ou livro
Prazo para liberar texto completo: 60 meses
Data para liberar texto completo: 16/09/2027
URI: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10476
Data de defesa: 26-Mar-2018
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da Criança

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