@MASTERSTHESIS{ 2018:1063362247, title = {Idade gestacional e sucesso de amamentação em recém-nascidos a termo nascidos de cesariana eletiva}, year = {2018}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10476", abstract = "O leite materno representa a melhor fonte de nutrição para crianças, e fornece benefícios extensivos a todo processo do desenvolvimento. A amamentação tem efeitos sobre a saúde das crianças, contribuindo para melhora da sobrevivência. Metanálises recentes apontam que a amamentação confere proteção contra infecções e alterações gastrointestinais na infância, promove potencial redução de sobrepeso e diabetes, e influencia positivamente o desenvolvimento do intelecto. Além disso, também pode co-afetar desfechos na saúde materna. A amamentação para as lactantes está associada a proteção contra o câncer de mama e ovário, e redução de diabetes tipo 2. Os benefícios do aleitamento materno atingem populações que vivem em países de todas as faixas de renda. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e sua manutenção, acompanhada por outros alimentos, até os dois anos. E mesmo com todas essas iniciativas em curso há mais de 25 anos, as taxas globais de amamentação permanecem bem abaixo das metas internacionais. A influência do tipo de parto na duração da amamentação e na manutenção do aleitamento materno exclusivo é bastante questionada. Estudos envolvendo o tema são controversos. Alguns estudos demonstraram melhores resultados de aleitamento materno exclusivo e duração de amamentação entre os bebês nascidos de parto vaginal, enquanto outros não detectaram estas diferenças. Entretanto, amamentação possui determinantes multifatoriais. Nos últimos anos, surgiram evidências de diferenças em relação ao êxito da amamentação entre os recém-nascidos a termo. Inclusive, reconhecendo a vulnerabilidade das crianças nascidas de termo entre 37 semanas e 38 semanas, quando comparados aos recém-nascidos de termo nascidos entre 39 a 41 semanas. Saber reconhecer o comportamento e as particularidades dos bebês a termo, pode possibilitar suporte adequado, antes e depois do nascimento. E assim, contribuir de forma fundamental para a manutenção da amamentação exclusiva e continuada. Este estudo teve como intenção avaliar os resultados de amamentação dos recém-nascidos a termo por parto cesáreo, e verificar as diferenças existentes entre as faixas de idades gestacionais ao nascimento. Métodos: Estudo retrospectivo de uma coorte, que incluiu recém-nascidos a termo e suas mães, cujos partos ocorreram por cesárea eletiva no Hospital Moinhos de Vento (HMV), em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O estudo abrangeu os nascimentos ocorridos no período de outubro de 2011 a abril de 2013. Entre os critérios de inclusão, estão o parto ocorrido por cesariana eletiva (ou seja, agendada previamente por motivos diversos) e idade gestacional mínima de 37 semanas. O banco de dados foi constituído por dados iniciais obtidos nos prontuários dos recém-nascidos e mediante entrevistas com as mães na sala de recuperação, após o parto. Os dados de seguimento foram obtidos por contato telefônico com cada mãe, ao final da segunda semana de vida, no terceiro mês e no sexto mês após o nascimento. Resultados: Neste estudo foram incluídos 954 recém-nascidos, de termo, nascidos por cesariana eletiva. A maioria dos recém-nascidos incluídos na pesquisa tinha idade gestacional entre 38 e 39 semanas. As análises foram procedidas conforme as faixas de idade gestacional que compreendem o nascimento a termo. Amamentação exclusiva aos 3 meses e estar em aleitamento materno aos 6 meses apresentaram associação estatística significativa na correlação com a variabilidade da idade gestacional ( p=0,024 e p=0,004, respectivamente). Outra análise, categorizou os participantes em recém-nascidos de termo precoce (nascidos entre 37-38 semanas e 6 dias) e recém-nascidos de termo completo ( nascidos entre 39-40 semanas e 6 dias). Demonstrou-se associação estatística significativa da amamentação exclusiva aos 3 meses (p=0,008) e aleitamento materno aos 6 meses (p=0,001) na correlação entre termo precoce e termo completo. A elaboração de teste de tendência evidenciou tendência progressiva significativa da curva de amamentação versus idade gestacional. Conclusão: A idade gestacional aparenta ter impacto sobre a amamentação. Nossos resultados demonstram que existem diferenças, dentro dos nascidos a termo, entre 37 semanas e 41 semanas de gestação, em relação aos desfechos de amamentação. Variações de uma a duas semanas a mais de gestação implicam em melhores resultados de amamentação exclusiva aos 3 meses e na continuidade do aleitamento materno aos 6 meses.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança}, note = {Escola de Medicina} }