Export this record: EndNote BibTex

Please use this identifier to cite or link to this item: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9874
Document type: Tese
Title: Produção e reprodução do capital nas economias dependentes e as implicações na questão agrária : o acirramento das desigualdades e os processos de resistência do campesinato brasileiro
Author: Chimini, Leticia 
Advisor: Sobottka, Emil Albert
Abstract (native): O objetivo desta tese é compreender os processos de resistência do campesinato frente ao acirramento do capital a fim de contribuir com elucidações para a superação do sistema econômico hegemônico vigente. Para tanto, a metodologia utilizada tem o embasamento filosófico do materialismo histórico e dialético que aponta para o método utilizado, como forma que dá coesão entre a teoria e a prática. Os vários desvelamentos e resultados desta pesquisa têm total implicação com o objeto que, ao mesmo tempo, é o sujeito desta tese. A pesquisa possui característica qualitativa, com triangulação dos dados e estudos concernentes às pesquisas bibliográfica, documental e empírica. Com isso, as análises são feitas à luz da crítica da economia política e da atuação do capitalismo nos países latino-americanos, com conjecturas da Teoria Marxista da Dependência (TMD). Dão sustentação para esta tese as seguintes categorias: a questão agrária, a luta de classes e a resistência, articuladas com a visibilização do Serviço Social no meio rural. Essas categorias são transversais e perpassadas pelo trabalho que, no campesinato organizado, está, diretamente, relacionado com a produção de alimentos, com o impacto dessa produção na economia e com os processos de resistência na luta de classes. No cotidiano do trabalho do assistente social, faz-se necessário, não somente saber operacionalizar uma política pública ou um programa social; é necessário que os sujeitos que recorrem ao Estado para que sejam atendidas suas necessidades, também denominados de usuários, compreendam a sua própria história, a história de seu povo, sejam conscientes das condições históricas de sua classe e dos movimentos que geraram as profundas desigualdades sociais que assolam a sociedade brasileira. Com isso, reiteramos a perspectiva essencial da formação como processo constante, como trabalho para e com os assistentes sociais, mas também com aqueles e aquelas que recorrem aos seus serviços. Para darmos visibilidade aos processos emancipatórios na América Latina, as reflexões que contribuem são também mobilizadoras desta tese e convergem para o tema da questão agrária no Brasil e para a atuação do campesinato frente ao avanço do capital entre os anos de 1960 e 2020. Logo, questão agrária e questão social partilham da mesma origem: a pilhagem no capitalismo na América Latina. Essa origem comum remete à desigualdade no acesso à terra e a fome como causa e consequência da sociedade capitalista. Evidenciamos o campesinato como sujeito político de uma história que remonta a expropriação, mas também a resistência e que tem um papel fundamental na saída das crises colocadas pelo capital, mas, muito além de sair das crises periódicas geradas pelo capital, é necessário construir outras formas de organização da sociedade que não passe pela exploração da força de trabalho e pelo acúmulo e centralização de mais capital. Desvelamos processos geradores de autonomia que vão na direção da defesa dos direitos humanos, do fortalecimento das identidades coletivas, da cultura que é memória e também história contra-hegemônica, da produção agroecológica, das formas de circulação que redirecionam e mobilizam a renda e que, na luta de classes, fazem resistência ao sistema capitalista. Enunciamos o campesinato enquanto sujeito político e revolucionário, de uma sociedade em construção.
Abstract (english): El objetivo de esta tesis es comprender los procesos de resistencia del campesinado frente al agravamiento del capital con el fin de contribuir con clarificaciones para la superación del sistema económico hegemónico vigente. Para ello, la metodología utilizada tiene base filosófica del materialismo histórico y dialéctico que señala hacia al método utilizado, como forma que da cohesión entre la teoría y la práctica. Los varios desvelos y resultados de esta investigación tienen total implicación con el objeto que, a su vez, es el sujeto de esta tesis. La investigación tiene característica cualitativa, con triangulación de datos y estudios relativos a investigaciones bibliográfica, documental y empírica. Por ello, los análisis están hechos a la luz de la crítica de la economía política y de la actuación del capitalismo en los países latinoamericanos, con conjeturas de la Teoría Marxista de la Dependencia (TMD). Sostienen esta tesis las siguientes categorías: la cuestión agraria, la lucha de clases y la resistencia, articuladas con la visibilización del Servicio Social en el medio rural. Esas categorías son transversales y están permeadas por el trabajo que, en el campesinado organizado, está, directamente, relacionado con la producción de alimentos, con el impacto de esa producción en la economía y con los procesos de resistencia en la lucha de clases. En el cotidiano laboral de los trabajadores sociales, no sólo es necesario saber cómo aplicar una política pública o un programa social; es necesario que los sujetos que acuden al Estado para que sus necesidades sean atendidas, también llamados usuarios, comprendan su propia historia, la historia de su pueblo, sean conscientes de las condiciones históricas de su clase y de los movimientos que generaron las profundas desigualdades sociales que asolan la sociedad brasileña. Con eso, reiteramos la perspectiva esencial de la formación como proceso constante, como trabajo para y con los trabajadores sociales, pero también con aquellos y aquellas que acuden a sus servicios. Para dar visibilidad a los procesos de emancipación en América Latina, las reflexiones que aportan son también movilizadoras de esta tesis y convergen para el tema de la cuestión agraria en Brasil y para la actuación del campesinado frente al avance del capital entre los años 1960 y 2020. Luego, cuestión agraria y cuestión social comparten el mismo origen: el saqueo del capitalismo en América Latina. Ese origen común remite a la desigualdad en el acceso a la tierra y al hambre como causa y consecuencia de la sociedad capitalista. Ponemos de relieve el campesinado como sujeto político de una historia que remonta a la expropiación, pero también a la resistencia, y que tiene un papel fundamental en la superación de las crisis generadas por el capital, pero, mucho más que superar las crisis periódicas provocadas por el capital, es necesario construir otras formas de organización de la sociedad que no pasen por la explotación de la fuerza de trabajo y por la acumulación y centralización de más capital. Desvelamos procesos generadores de autonomía que van rumbo a la defensa de los derechos humanos, del fortalecimiento de las identidades colectivas, de la cultura que es memoria y también historia contrahegemónica, de la producción agroecológica, de las formas de circulación que reorientan y movilizan la renta y que, en la lucha de clases, resisten al sistema capitalista. Enunciamos al campesinado como sujeto político y revolucionario de una sociedad en construcción.
The objective of this thesis is to understand the processes of resistance of the peasantry against the intensification of capital to contribute with elucidations for the overcoming of the current hegemonic economic system. To this end, the methodology used has the philosophical basis of historical and dialectical materialism that points to the method used, as a way to give cohesion between theory and practice. The various unveilings and results of this research have total implications with the object that, at the same time, is the subject of this thesis. The research has a qualitative characteristic, with triangulation of the data and studies concerning bibliographic, documental, and empirical research. With this, the analyses are made in the light of the critique of political economy and the performance of capitalism in Latin American countries, with conjectures from the Marxist Theory of Dependence (TMD). The following categories support this thesis: the agrarian issue, class struggle, and resistance, articulated with the visibility of Social Service in rural areas. These categories are transversal and permeated by work which, in the organized peasantry, is directly related to the production of food, to the impact of this production on the economy, and to the processes of resistance in the class struggle. In the daily work of a social worker, it is necessary not only to know how to operate a public policy or a social program; it is necessary that the people who turn to the State to have their needs met, also called users, understand their own history, the history of their people, and be aware of the historical conditions of their class and of the movements that have generated the deep social inequalities that plague Brazilian society. With this, we reiterate the essential perspective of formation as a constant process, as work for and with social workers, but also with those who use their services. In order to give visibility to the emancipatory processes in Latin America, the reflections that contribute are also mobilizers of this thesis and converge on the theme of the agrarian issue in Brazil and on the actions of peasants against the advance of capital between the years 1960 and 2020. Therefore, agrarian question and social question share the same origin: the plundering of capitalism in Latin America. This common origin refers to inequality in access to land and hunger as both cause and consequence of capitalist society. We highlight the peasantry as the political subject of a history that goes back to expropriation, but also resistance, and that has a fundamental role in the way out of the crises posed by capital, but much beyond getting out of the periodic crises generated by capital, it is necessary to build other forms of organization of society that do not go through the exploitation of labor power and the accumulation and centralization of more capital. We unveil autonomy-generating processes that go in the direction of the defense of human rights, of the strengthening of collective identities, of the culture that is memory and also counter-hegemonic history, of agro-ecological production, of forms of circulation that redirect and mobilize income and that, in the class struggle, make resistance to the capitalist system. We enunciate the peasantry as a political and revolutionary subject of a society under construction.
Keywords: Campesinato
Questão Agrária
Capitalismo Dependente
Serviço Social
Movimentos Sociais Populares
Resistência
Agroecologia
Campesinado
Cuestión Agraria
Capitalismo Dependiente
Servicio Social
Movimientos Sociales Populares
Resistencia
Agroecología
Peasantry
Agrarian Issue
Dependent Capitalism
Social Service
Popular Social Movements
Resistance
Agroecology
CNPQ Knowledge Areas: CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL
Language: por
Country: Brasil
Publisher: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Institution Acronym: PUCRS
Department: Escola de Humanidades
Program: Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Access type: Acesso Aberto
Fulltext access restriction: Trabalho não apresenta restrição para publicação
URI: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9874
Issue Date: 13-Aug-2021
Appears in Collections:Programa de Pós-Graduação em Serviço Social

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Tese - Letícia Chimini.pdfLETICIA_CHIMINI_TES9.32 MBAdobe PDFThumbnail

Download/Open Preview


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.