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Tipo do documento: Dissertação
Título: Identificação por DNA de agressores sexuais no Rio Grande do Sul : caracterização da melhor sistemática para obtenção de perfil genético autossômico com finalidade de confronto em banco de DNA criminal
Autor: Beltrami, Laiana Silveira
Primeiro orientador: Alho, Clarice Sampaio
Resumo: Os registros de vítimas femininas de estupro são altos no Brasil e no Rio Grande do Sul (RS), sendo que apenas na Divisão de Genética Forense do Instituto Geral de Perícias-RS (DGF-IGP-RS) constam mais de 2000 análises de agressão sexual pendentes. Devido ao contato íntimo entre vítima e agressor, vestígios de DNA do agressor estão frequentemente disponíveis e podem ser usados para a identificação do criminoso. No Brasil, recentemente, foi instituído o Banco Nacional de Perfis Genéticos Brasileiro (BNPG), ferramenta muito útil para casos com ausência de suspeito, visto permitir o confronto entre perfis de DNA obtidos de materiais colhidos em locais de crime e de vítimas. Assim, visto a grande demanda represada, esse estudo buscou definir, através da análise de diversas características de casos de agressão sexual, as prioridades de exame para os casos pendentes, objetivando a obtenção de perfis autossômicos dos criminosos para inserção no BNPG. Para isso, avaliou-se a taxa de obtenção de DNA em 272 casos concluídos pela DGF-IGP-RS, relacionando com parâmetros como: idade da vítima, relação entre agressor e vítima, intervalo pós-coito, intervalo entre agressão e exame de DNA, testes para a presença de espermatozoides e sêmen, tipo de extração de DNA, dentre outros. Somando-se a isso, o DNA das amostras de 31 casos foi extraído, primeiramente, com o protocolo não diferencial (ND). Caso tenha sido obtido perfil de cromossomo Y e houvesse coleta em duplicata, o material foi extraído com a utilização do protocolo de extração diferencial (ED) padronizado pelo Federal Bureau of Investigation (FBI) e recomendado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública brasileira. Materiais colhidos em triplicata foram submetidos a diferentes modos de incubação (n=16 amostras). Através da análise dos 272 casos concluídos, verificou-se uma taxa total de obtenção de perfil autossômico do agressor (mistura ou fonte única) em 17,3%, sendo que em mais de 90% dos casos foi utilizado um método ND. Durante a análise dos casos pendentes, com a utilização da ED, a taxa obtida foi de 32,26%, revelando uma maior eficiência da obtenção de perfis autossômicos para inserção no BNPG. Quanto à proposta de incubação modificada, não foi possível identificar um padrão na obtenção de DNA masculino, sendo necessários maiores estudos. A partir das informações dos 272 casos concluídos, traçou-se o perfil de caso mais provável de se obter perfil genético autossômico do agressor, sendo ele: intervalo pós-coito inferior a 24h (27,6% de obtenção de perfil autossômico), intervalo entre agressão e análise inferior a 2 anos, materiais positivos para espermatozoides ou antígeno prostático específico (PSA), dando-se prioridade de análise às vestes (41,6%) em relação aos swabs vaginais (28,1%). Além disso, verificou-se ser mais provável o comportamento reincidente em agressores desconhecidos (48,2%) do que conhecidos (14,3%), fato relevante ao considerar-se o objetivo do estudo de alimentar o BNPG. Devido à recente instituição do BNPG, não se tem conhecimento de estudo semelhante a este conduzido no Brasil, tornando o presente estudo um importante balizador para outras realidades de laboratórios forenses brasileiros.
Abstract: The numbers of female rape victims are high in Brazil and Rio Grande do Sul (RS). In Division of Forensic Genetics in General Institute of Forenscis (DFG-GIF-RS) more than 2000 cases of sexual assault are awaiting analysis. Because of the close contact between victim and aggressor, DNA traces of the perpetrator are often available and can be used to identify the criminal. In Brazil, recently, the National Bank of Genetic Profiles (NBGP) was established, and becames a very useful tool for cases with no suspect, as it allows the confrontation between DNA profiles obtained from material collected at crime scenes and victims. Thus, this study sought to define, through the analysis of various characteristics of sexual assault cases, priorities for our large DNA backlog, aiming to get autosomal profiles of criminals for insertion into NBGP. For this, we evaluated the rate of obtaining DNA in 272 closed cases by the DFG-IGP-RS, relating to parameters such as: victim's age, relationship between aggressor and victim, post-coital interval, interval between aggression and DNA tests, tests for the presence of sperm and semen, type of DNA extraction, among others. Adding to this, the DNA samples from 31 cases was extracted, first, with no differential protocol (ND). If was obtained Y chromosome profile at first sample and if samples were collected in duplicate, the evidence was extracted using the differential extraction protocol (ED) standardized by the FBI and recommended by the National Public Security Secretariat. Evidence collected in triplicate, were submitted to different types of incubation (n=16 samples). Through the analysis of 272 cases closed, the total rate of autosomal profile detection of the perpetrator (mixture or single source) was 17.3%, with 90% of cases extracted with ND method. During the analysis of pending cases with DE method, the rate was 32.26%, showing an increased efficiency of obtaining profiles for insertion into the NBGP. Regarding the modified incubation protocol, we could not identify a pattern in male DNA detection, requiring more studies. From the data collected from 272 closed cases, we define the most likely case profile to obtain autosomal genetic DNA of the aggressor: post-coital interval less than 24 hours (autosomal profile detected in 27.6%), time elapsed between aggression and analysis less than two years, evidence positive for spermatozoa or prostatic specific antigen, prioritizing the analysis of clothing (autosomal profile detected in 41.6%) compared to vaginal swabs (28.1%). In addition, it was found that recidivist behaviour is more likely amoung unknown perpetrators (48.2%) than known (14.3%). This fact is important when considering the purpose of our study of feeding the NBGP. Due to the recent establishment of NBGP, we do not know a similar study conducted in Brazil, making our study an important landmark for other realities of Brazilian forensic laboratories.
Palavras-chave: Agressão Sexual
Banco de DNA
Extração Diferencial
Sexual Assault
DNA Databank
Differential Extraction
Área(s) do CNPq: CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOLOGIA GERAL
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Ciências
Programa: Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho não apresenta restrição para publicação
URI: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8987
Data de defesa: 31-Mar-2015
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular

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