Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8963
Tipo do documento: Dissertação
Título: O tear psicanalítico : uma pesquisa etnográfica sobre as práticas da psicanálise em uma equipe de saúde mental
Autor: Michels, Róger de Souza 
Primeiro orientador: Machado, Wagner de Lara
Primeiro coorientador: Pizzinato, Adolfo
Resumo: Pensar o termo “saúde mental” implica em contextualizar um espaço possível de atuação profissional, isto é, de um exercício técnico que toma o sujeito desde os seus aspectos psíquicos em contínua relação com fatores biológicos e sociais. Nesse sentido, a saúde mental diz respeito a um campo polissêmico, na medida em que se direciona ao estado mental tanto de sujeitos quanto de coletividades, sendo por essa razão um trabalho altamente complexo que inviabiliza qualquer forma de categorização e reducionismo da existência humana e social. A psicanálise apresenta-se como um dos saberes que compõe a saúde mental e que, no encontro com esta, pode deparar-se com desafios que demandam a transformação de suas práticas. Portanto, faz-se necessário analisar os percursos da prática psicanalítica, tendo em vista os desafios que as especificidades dos serviços públicos trazem ao fazer dos profissionais identificados com esta linha teórica. A presente dissertação objetivou analisar os percursos da prática psicanalítica nas modalidades não ambulatoriais de atendimento em saúde mental na saúde pública. Por meio de uma pesquisa etnográfica, realizada em uma Equipe de Saúde Mental, foi possível acompanhar rotinas de trabalho de dois psicanalistas e, a partir destas, analisar os modos como a psicanálise é operada. Identificou-se que as características políticas e estruturais da saúde mental pública exigem do psicanalista uma postura que integre a singularidade de sua técnica aos dispositivos de cuidado e atenção psicossociais. No encontro com atividades não ambulatoriais, o psicanalista faz acontecer o movimento do “tear” que integra as singularidades discursivas dos usuários da saúde pública aos preceitos da política pública de saúde mental, colocando o sujeito que sofre em uma posição ativa e responsável pelo próprio tratamento e posicionamento. No exercício do tear, o psicanalista não é “mais um”, isto é, alguém alheio que apenas conduz o processo. No lugar disso, o psicanalista passa a ser agente político que, ao lado do usuário, fomenta a atualização dos movimentos da reforma psiquiátrica.
Abstract: Thinking the term "mental health" implies contextualizing a possible space of professional action, that is, a technical exercise that takes the subject from their psychic aspects in continuous relation with biological and social factors. In this sense, mental health refers to a polysemic field, insofar as it is directed to the mental state of both subjects and collectivities, being for that reason a highly complex work that makes impossible any form of categorization and reductionism of human and social existence. Psychoanalysis presents itself as one of the knowledges that make up mental health and which, in the encounter with it, may face challenges that demand the transformation of its practices. Therefore, it is necessary to analyze the pathways of psychoanalytical practice, considering the challenges that the specificities of public services bring to make the professionals identified with this theoretical line. This dissertation aimed to analyze the pathways of psychoanalytic practice in the non - ambulatory modalities of mental health care in public health. Through an ethnographic research carried out in a Mental Health Team, it was possible to follow the work routines of two psychoanalysts and, from these, to analyze the ways in which psychoanalysis is operated. It was identified that the political and structural characteristics of public mental health require the psychoanalyst a posture that integrates the uniqueness of his technique to the devices of psychosocial care and attention. In the encounter with non-ambulatory activities, the psychoanalyst brings about the movement of the "tear" that integrates the discursive singularities of public health users to the precepts of public mental health policy, placing the subject who suffers in an active position and responsible for the treatment itself and positioning. In the exercise of the loom, the psychoanalyst is not "one more", that is, someone else who only leads the process. Instead, the psychoanalyst becomes a political agent who, along with the user, encourages the updating of the psychiatric reform movements.
Palavras-chave: Psicanálise
Saúde Mental
Saúde Pública
Reforma Psiquiátrica
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Ciências da Saúde e da Vida
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho será publicado como artigo ou livro
Prazo para liberar texto completo: 60 meses
Data para liberar texto completo: 21/10/2024
URI: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8963
Data de defesa: 28-Mar-2019
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Psicologia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DIS_ROGER_DE_SOUZA_MICHELS_CONFIDENCIAL.pdfROGER_DE_SOUZA_MICHELS_DIS381,95 kBAdobe PDFThumbnail

Baixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.