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https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2329
Tipo do documento: | Tese |
Título: | Pedra que te quero palavra : discursividade e semiose no (con)texto arqueológico da tradição Itaparica |
Autor: | Nascimento, Marcélia Marques do ![]() |
Primeiro orientador: | Hilbert, Klaus Peter Kristian |
Resumo: | A reflexão primordial desta tese se concentra na constituição e apreensão da cultura material enquanto expressão textual, nas dimensões da discursividade e semiótica. A cultura material arqueológica da Tradição Itaparica, uma sociedade de caçadores e coletores, temporalmente demarcada no Holoceno Antigo, tanto é percebida como um texto silencioso lido e posteriormente sonorizado com palavras na denominação das coisas, quanto à própria escritura (arqueológica) decorrente desta leitura delineia um esboço ou imagem desta tradição. Neste sentido as noções de materialidade documental e as enunciações demarcadas numa formação discursiva, tais como: antiguidade, cientificidade, tipologia e cronologia se instituem de modo contundente no discurso de anunciação da Tradição Itaparica. A materialidade textual demarcada no discurso fundador desta tradição cultural arqueológica ressoa na extensão da polifonia, em que os arqueólogos Valentin Calderón, Armand Laroche e Pedro Ignácio Schmitz, entre o final dos anos 1960 e início dos anos 1980, foram os que imprimiram os maiores tons nas relações dialógicas acerca da comparabilidade entre a cultura material. No entanto, a voz de Pedro Ignácio Schmitz, um agente no campo científico da arqueologia brasileira, ao falar a partir do lugar em que ocupa nas instituições de pesquisa e ensino, e ao reforçar um fato científico mediante a geração de textos que decorreram de sua escritura, assegura a afirmação dessa tradição cultural arqueológica. As coisas da cultura material da Tradição Itaparica, numa segunda e mais nova geração de textos, onde são priorizados os estudos tecnológicos mediante análises das cadeias operatórias, proporcionam a identificação de um sistema semiótico dos objetos, tendo em vista os eixos sintagmáticos e paradigmáticos quando da descrição das seqüências de lascamentos no ato de criação das coisas. Ainda na ordem dos signos, em alguns museus abertos à visitação pública, estão expostos alguns objetos concebidos, usados e abandonados por homens e/ou mulheres da Tradição Itaparica. Nestes espaços, predominantemente a lesma (um instrumentos planoconvexo, eleito o fóssil-guia desta tradição) é revestida por duas das mais conhecidas figuras de linguagem: a metáfora e a metonímia, também recorrentes na narrativa discursiva e textual-escrita da Tradição Itaparica, no campo científico da arqueologia brasileira. |
Palavras-chave: | PRÉ-HISTÓRIA ARQUEOLOGIA CULTURA MATERIAL SEMIÓTICA DISCURSOS NARRATIVA - SEMIOLOGIA MUSEUS ARQUEOLÓGICOS |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA |
Idioma: | por |
País: | BR |
Instituição: | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul |
Sigla da instituição: | PUCRS |
Departamento: | Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em História |
Citação: | NASCIMENTO, Marcélia Marques do. Pedra que te quero palavra : discursividade e semiose no (con)texto arqueológico da tradição Itaparica. 2010. 197 f. Tese (Doutorado em História) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2329 |
Data de defesa: | 30-Mar-2010 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em História |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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422401.pdf | Texto Completo | 3,77 MB | Adobe PDF | ![]() Baixar/Abrir Pré-Visualizar |
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