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Tipo do documento: Tese
Título: Trabalho artesanal feito por mulheres : tramas educativas da amanualidade
Autor: Carvalho, Íris de
Primeiro orientador: Eggert, Edla
Resumo: Esta tese contribui com o campo da Educação Popular e da Educação para Jovens e Adultos com as mulheres e seus processos educativos na produção dos saberes do trabalho artesanal. Para tanto, foram analisadas a ressignificação do trabalho artesanal interpenetrada pela experiência amanual de sete artesãs, com idades entre 27 e 55 anos, constituindo um grupo intergeracional. O fazer artesanal se estabeleceu como um modo de existir, produzir, e expressar-se artística, cultural e politicamente. A problemática da pesquisa buscou responder, a partir do conceito de amanualidade de Álvaro Vieira Pinto (1909-1987), revisitado pela Educação Popular Feminista, quais são os processos educativos vivenciados pelas mulheres e contados por elas sobre o trabalho artesanal. O estudo teve como objetivo geral analisar os processos educativos vivenciados pelas mulheres no trabalho artesanal, discutindo se e como esses processos contribuem para a produção da consciência crítica da realidade. A metodologia estruturou-se desde a triangulação entre a hermenêutica feminista, a pesquisa participante e a etnografia. A pesquisa participante contribuiu para integrar investigação, saberes e experiências em direção ao agir crítico no e com o mundo, oportunizando às participantes envolvidas tecer compreensões sobre as formas de funcionamento dos sistemas de dominação e opressão. A hermenêutica feminista, enquanto metodologia, valorizou a narrativa das experiências das mulheres e as observações realizadas no campo empírico. Como resultado, foi tramada a reflexão do “sentipensar-fazer”, analisada como a “arte popular tecedora de insurgências”. Esta última, ressignificada pelas intenções político-criativas conscientes das artesãs, a partir da apreensão crítica dos seus contextos amanualizados. E ainda, foi possível reafirmar que os saberes imbricados nas experiências do trabalho artesanal continuam vinculados ao cotidiano doméstico, sendo uma razão para manterem-se desvalorizados e invisibilizados. O empenho de um “sentipensar-fazer” consciente e crítico realizado pelas artesãs é, a meu ver, a consciência feminista em sua práxis que, por meio da “arte popular tecedora de insurgências”, possibilita incrementar os Estudos Feministas e a Educação Popular no reconhecimento das experiências das marginalidades, levando em conta a realidade das artesãs que bordam, tecem e pintam gênero, classe e raça como ato político.
Abstract: This thesis contributes to the field of Popular Education and Education for Young People and Adults with women and their educational processes in the production of knowledge about artisanal work. To this end, the redefinition of artisanal work interpenetrated by the non-manual experience of seven artisans, aged between 27 and 55, constituting an intergenerational group, was analyzed. Artisanal work has established itself as a way of existing, producing, and expressing oneself artistically, culturally, and politically. The research problem sought to answer, based on the concept of non-manuality by Álvaro Vieira Pinto (1909-1987), revisited by Feminist Popular Education, what are the educational processes experienced by women and told by them about artisanal work. The study had as its general objective to analyze the educational processes experienced by women in artisanal work, discussing whether and how these processes contribute to the production of critical awareness of reality. The methodology was structured based on the triangulation between feminist hermeneutics, participatory research, and ethnography. Participatory research contributed to integrating research, knowledge and experiences towards critical action in and with the world, providing the participants involved with the opportunity to develop understandings about how systems of domination and oppression function. Feminist hermeneutics, as a methodology, valued the narrative of women's experiences and the observations made in the empirical field. As a result, the reflection of “feeling-thinking-doing” was woven, analyzed as the “popular art that weaves insurrections”. The latter was re-signified by the conscious political-creative intentions of the artisans, based on the critical apprehension of their non-manualized contexts. Furthermore, it was possible to reaffirm that the knowledge intertwined in the experiences of artisanal work continues to be linked to the domestic routine, which is a reason for them to remain undervalued and invisible. The commitment to a conscious and critical “feeling-thinking-doing” carried out by the artisans is, in my view, the feminist consciousness in its praxis that, through the “popular art that weaves insurrections”, makes it possible to increase Feminist Studies and Popular Education in the recognition of the experiences of marginalization, taking into account the reality of the artisans who embroider, weave and paint gender, class and race as a political act.
Esta tesis contribuye al campo de la Educación Popular y la Educación de Jóvenes y Adultos con las mujeres y sus procesos educativos en la producción de conocimientos artesanales. Para ello, se analizó la redefinición del trabajo artesanal interpenetrado por la experiencia manual de siete artesanas, con edades comprendidas entre 27 y 55 años, constituyendo un grupo intergeneracional. La artesanía se ha consolidado como una forma de existir, producir y expresarse artística, cultural y políticamente. El problema de investigación buscó responder, a partir del concepto de amanualidad de Álvaro Vieira Pinto (1909-1987), retomado por la Educación Feminista Popular, cuáles son los procesos educativos vividos por las mujeres y contados por ellas sobre el trabajo artesanal. El objetivo general del estudio fue analizar los procesos educativos vividos por las mujeres en el trabajo artesanal, discutiendo si y cómo estos procesos contribuyen a la producción de una conciencia crítica de la realidad. La metodología se estructuró a partir de la triangulación entre hermenéutica feminista, investigación participativa y etnografía. La investigación participativa contribuyó a integrar investigaciones, conocimientos y experiencias para actuar críticamente en y con el mundo, brindando a las participantes involucradas la oportunidad de desarrollar comprensión sobre las formas en que funcionan los sistemas de dominación y opresión. La hermenéutica feminista, como metodología, valoró la narrativa de las experiencias de las mujeres y las observaciones realizadas en el campo empírico. Como resultado se ideó la reflexión sobre el “sentipensar-hacer”, analizado como el “arte popular que teje las insurgencias”. Esto último, resignificado por las intenciones político-creativas conscientes de las artesanas, a partir de la aprehensión crítica de sus contextos manualizados. Además, se pudo reafirmar que los conocimientos entrelazados en las experiencias del trabajo artesanal continúan vinculados a la vida doméstica cotidiana, siendo motivo para permanecer devaluados e invisibilizados. El compromiso con un “sentipensar-hacer” consciente y crítico que llevan a cabo las artesanas es, a mi entender, la conciencia feminista en su praxis que, a través del “arte popular que teje insurgencias” posibilita incrementar los Estudios Feministas y la Educación Popular. en el reconocimiento de las experiencias de las marginalidades, teniendo en cuenta la realidad de las artesanas que bordan, tejen y pintan género, clase y raza como un acto político.
Palavras-chave: Trabalho Artesanal
Artesãs
Amanualidade
Sentipensar-Fazer
Processos Educativos
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Humanidades
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho não apresenta restrição para publicação
URI: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/11391
Data de defesa: 25-Mar-2024
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Educação

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