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Tipo do documento: Tese
Título: Prognóstico de pacientes pediátricos com leucemia mieloide aguda
Autor: Hoch, Rosméri Elaine Essy 
Primeiro orientador: Souza, Ana Paula Duarte de
Resumo: A Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é uma doença altamente agressiva em crianças e adolescentes, acometendo as células progenitoras mieloide imaturas da medula óssea. O prognóstico da LMA depende de uma série de fatores como: o subtipo da leucemia, idade do paciente, alterações apresentadas nos exames laboratoriais de sangue periférico e de medula óssea, mudanças moleculares e citogenéticas. Entretanto, além desses fatores, muitas outras características epidemiológicas, clínicas, laboratoriais e genéticas podem influenciar na ocorrência da doença refratária e recidiva da doença. Assim, este trabalho teve o propósito de caracterizar os fatores prognósticos de pacientes pediátricos, especialmente aqueles referentes à doença refratária e pós-recidiva da LMA, que receberam tratamento no Hospital Universitário de Santa Maria, referência na região central do estado do Rio Grande do Sul em hematologia oncologia pediátrica, no período de janeiro de 2008 até dezembro de 2019. Tratou-se de um estudo de coorte retrospectivo, com análise de prontuários do Serviço de Arquivo Médico. Foram selecionados para o estudo 51 crianças e adolescentes, diagnosticados e tratados uniformemente, divididas em dois grupos: com remissão completa da doença 64,7% (n=33) e com recidiva da doença ou doença refratária 35,5% (n=18). Os dois grupos foram homogêneos em relação dados demográficos e sintomas clínicos. O perfil predominante foi de crianças do sexo masculino, de cor branca e faixa etária de 1 a 10 anos 70,8% (n=17). Quanto ao domicílio, a maior procedência de pacientes foi da região Sudoeste 35,3% (n=18). Os principais sintomas apresentados ao diagnóstico foram: sangramentos 52,9% (n=27), febre 47,1% (n=24) e astenia 47,1% (n=24). O subtipo mais comum, segundo critérios da FAB (French-American-British), foi a LMA M3 com 37,3% (n=19); a maior taxa de recidiva a LMA M0 60,0% (n=3/5). Os parâmetros hematológicos das crianças com remissão completa e as que tiveram recidiva não apresentaram diferença estatística entre os grupos. As anormalidades genéticas t(15;17); t(8;21) foram expressivas, entretanto ambas apresentam um prognóstico favorável. A mutação gênica FLT3-ITD foi a de maior prevalência e não influenciou no prognóstico. Ao comparar o perfil da expressão de antígenos entre crianças com remissão de LMA observou-se maior expressão do marcador granulocítico CD13 (p=0.022). Crianças com recidiva de LMA tiveram maior porcentagem de expressão do marcador CD36 (p=0.010) e dos marcadores de expressão anômala CD4 (p=0,006), CD7 (p= 0.008) e CD22 (p=0.010). O protocolo de tratamento mais utilizado foi o LMA-IO 97 em 56,86% dos casos (n=29); na LMA M3 a utilização do ácido all-trans-retinóico (ATRA) foi a opção de escolha em todos os casos (n=19). A sobrevida global (SG) média foi de 68,7% em 2 anos e a sobrevida livre de eventos (SLE) de 59,5%. Segundo o subtipo de LMA (LMA M3 e os demais tipos), o teste de log rank (Mantel-Cox), p = 0,012, mostrou diferença significativa. Para os pacientes com LMA M3, a SG em 2 meses foi de 88,9% e para os outros tipos de LMA, a SG foi de 53,6%. Na SLE também houve diferença significativa segundo teste de log rank (Mantel-Cox), p=0,003. A SLE para o LMA M3 foi de 88,9% até 2 anos (6 meses, 1 ano e 2 anos) e para os pacientes com outros tipos de LMA, em 2 anos de 30,6%. O óbito ocorreu principalmente devido ao tratamento, atribuindo às infecções (septicemia) como responsáveis. Nossos resultados mostraram a importância de analisar características demográficas, parâmetros clínicos e exames laboratoriais, principalmente marcadores imunofenotípicos positivos de linhagem mieloide e linfoide no desfecho da LMA para estabelecer um prognóstico fidedigno.
Abstract: Acute Myeloid Leukemia (AML) is a highly aggressive disease in children and teenagers, affecting immature myeloid progenitor cells in the bone marrow. The prognosis of AML depends on a number of factors, such as: the leukemia subtype, the patient's age, changes in laboratory tests of peripheral blood and bone marrow, molecular and cytogenetic changes. However, in addition to these factors, many other epidemiological, clinical, laboratory, and genetic characteristics can influence the occurrence of refractory disease and disease recurrence. Thus, this study aimed to characterize the prognostic factors of pediatric patients; especially those related to refractory and post-recurrent AML disease, who received treatment at the Santa Maria University Hospital, a reference in the central region of the state of Rio Grande do Sul in pediatric oncology hematology, from January 2008 to December 2019. This was a retrospective cohort study, with an analysis of medical records from the Medical Archive Service. 51 children and teenagers were selected for the study, diagnosed and treated uniformly, divided into two groups: with complete remission of the disease 64.7% (n = 33) and with relapse of the disease or refractory disease 35.5% (n = 18). The two groups were homogeneous in relation to demographic data and clinical symptoms. The predominant profile was male children, white and aged from 1 to 10 years old, 70.8% (n = 17). As for the home, the greatest origin of patients was from the southwest region, 35.3% (n = 18). The main symptoms presented at diagnosis were: bleeding 52.9% (n = 27), fever 47.1% (n = 24) and asthenia 47.1% (n = 24). The most common subtype according to FAB (French-American-British) criteria was LMA M3 with 37.3% (n = 19); the highest rate of recurrence at AML M0 60.0% (n = 3/5). The hematological parameters of children with complete remission and those who had recurrence did not show a statistical difference between the groups. Genetic abnormalities t (15; 17); t (8; 21) were expressive, however both have a favorable prognosis. The FLT3-ITD gene mutation was the most prevalent and did not influence the prognosis. When comparing the antigen expression profile among children with AML remission, a greater expression of the granulocytic marker CD13 was observed (p = 0.022). Children with AML recurrence had a higher percentage of expression of the CD36 marker (p = 0.010) and of the abnormal expression markers CD4 (p = 0.006), CD7 (p = 0.008) and CD22 (p = 0.010). The most used treatment protocol was LMAIO 97 in 56.86% of cases (n = 29); in AML M3, the use of all-trans-retinoic acid (ATRA) was the option of choice in all cases (n = 19). The median overall survival (SG) was 68.7% at 2 years and the event-free survival (SLE) was 59.5%. According to the AML subtype (AML M3 and other types), the log-rank test (Mantel-Cox), p = 0.012, showed a significant difference. For patients with AML M3, SG at 2 months was 88.9% and for other types of AML, SG was 53.6%. There was also a significant difference in the SLE according to the log-rank test (Mantel-Cox), p = 0.003. The SLE for AML M3 was 88.9% up to 2 years (6 months, 1 year, and 2 years) and for patients with other types of AML, at 2 years of 30.6%. Death occurred mainly due to treatment, attributing infections (septicemia) as responsible. Our results showed the importance of analyzing demographic characteristics, clinical parameters, and laboratory tests, especially positive immunophenotypic markers of myeloid and lymphoid lineage in the outcome of AML to establish a reliable prognosis.
Palavras-chave: Crianças
Adolescentes
Leucemia Mieloide Aguda
Recidiva
Imunofenotipagem
Children
Teenagers
Acute Myeloid Leukemia
Recurrence
Immunophenotyping
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Medicina
Programa: Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho será publicado como artigo ou livro
Prazo para liberar texto completo: 60 meses
Data para liberar texto completo: 20/11/2025
URI: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9424
Data de defesa: 31-Jul-2020
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da Criança

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