Stability and surgical complications of tooth-borne and bone-borne expansion appliances in surgical assisted rapid maxillary expansion. A systematic review

Abstract

Os objetivos do presente estudo foram através de uma revisão sistemática, avaliar a estabilidade e as complicações cirúrgicas dos dispositivos de ancoragem esquelética, dentária ou híbrida na expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (SARME pelas siglas em inglês), bem como identificar o tipo de dispositivo de distração que melhor otimiza os procedimentos de SARME, estabelecendo uma hierarquia de estabilidade. Ademais, pretendeu-se avaliar a qualidade de literatura científica disponível sobre o assunto. A busca principal sistemática na literatura foi realizada através das bases de dados de PubMed, Embase, Cochrane Library e SciELO. Realizou-se, também, uma busca da literatura cinza no Google Acadêmico. Depois da leitura íntegra e do processo de elegibilidade, realizou-se uma busca manual nos artigos selecionados, fez-se a recolecção dos dados e a análise de qualidade dos mesmos. Chegou-se num total de 269 artigos da busca principal e 249 artigos na literatura cinza, sendo selecionados 47 artigos para a elegibilidade (=0.854). Após a mesma, 17 artigos foram incluídos (=0.866) e adicionaram-se 6 artigos da busca manual. A estabilidade da largura foi demostrada pelos rangos de recidiva com porcentagens que oscilam nas medições dentárias dos dispositivos TB para caninos entre 4-35%, para pré-molares de 1-37% e nos molares de 0.2-49.5%. Para dispositivos BB encontrou-se recidivas para caninos de 1.7-21%, para pré-molares de 1.5% e molares de 4.6-11.5%. Para dispositivos HB a recidiva para os premolares foi de 14% e nos molares foi reportado um ganho de 1.8%. Para as medições esqueléticas, foram encontradas porcentagens similares de recidiva nos dispositivos TB e BB para o assoalho nasal, sendo que tiveram as maiores porcentagens de recidiva 11-53% (TB) e 41.6% (BB) comparadas com as medições esqueléticas da maxila tomadas num sentido mais cranial de 18% de recidiva e até 10% de ganho para TB e de 16% de recidiva para BB. As complicações mais comuns foram reabsorção óssea para os TB (18.14%) e as associadas ao dispositivo para os BB (17.9%). Os estudos apresentaram riscos de viés alto em 19 estudos, médio em 3 e baixo em um estudo. Os procedimentos de SARME foram considerados por terem alta estabilidade ao longo prazo, porém a recidiva esteve altamente influenciada pelos tratamentos ortodônticos durante os períodos de consolidação. Parece ser que os dispositivos BB tiveram as menores recidivas, porém não foram encontradas porcentagens de recidivas com diferenças significativas quando sometidos a ensaios clínicos randomizados. Precisam-se de mais estudos com desenhos com baixo risco de viés e maiores populações e variáveis homogêneas, para conseguir realizar estudos meta-analíticos e tomar assim melhores decisões baseadas em alta evidencia cientifica.