Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2207
Tipo do documento: Dissertação
Título: O exílio de si como metáfora de um mundo em fragmentação : um estudo sobre Elias Canetti
Autor: Souza, Maria Alice Timm de
Primeiro orientador: Mello, Ana Maria Lisboa de
Resumo: O sentido de exílio de si que foi privilegiado neste trabalho se constitui em um tipo de exílio que não é escolhido e tampouco é imposto de fora, pois a sua ocorrência se relaciona com uma injunção estrutural, da ordem do psiquismo. Sendo assim, o exílio psíquico condena o sujeito a um sentimento de radical estranheza íntima onde o que prevalece é a ininteligibilidade do mundo e de si mesmo. Do ponto de vista da teoria psicanalítica, esta entidade é denominada de psicose; do ponto de vista do uso corrente da língua, é chamada de loucura. Através de um corte transversal que vai da biografia de Elias Canetti, da época em que o escritor viveu e de suas relações com a língua alemã e com a literatura, procuramos identificar no personagem Peter Kien e no romance Auto de Fé, os pontos que apoiam a nossa hipótese em relação ao exílio de si : que o uso que Canetti faz da linguagem propiciou-lhe fazer uma perfeita representação do esfacelamento psíquico que assola o protagonista do romance em suas relações com o mundo e com os outros personagens, assim como esta questão subjetiva cumpre o papel de metáfora de um mundo em fragmentação, não só daquele que lhe serviu de matéria-prima para a confecção da obra, como do mundo de hoje, que nada mais é do que a consequência lógica e direta do que já se anunciava no alvorecer do século XX.
Abstract: The meaning of self-exile that has been used in this work, constitutes itself in a kind of exile that is not chosen, neither imposed externally, because its occurrence is related to a structural injunction, from the psychism order. This way, the psychic exile , comdemns the person to a radical intimate weirdness feeling, where the world and the oneself unintelligibility prevails. From the psychoanalytic standpoint, this entity is called psychosis; from the current use of the language standpoint, it is called madness. Through a transversal cut in Elias Canetti biography, from the time the writer lived in and his relations to the German language, culture and literature, it is possible to identify in Peter Kien character and in the novel Auto de Fé, the points that support our hypothesis related to the self exile : that the use of the language that Canetti does, enables him to make a perfect representation of the psychic laceration that hits the novel protagonist, according to his relations to the world and to the other characters, as well as the subjective question fulfills the metaphor role of a world under fragmentation, not only from the one that was used as raw material for the work, also from the world today, that is nothing but the logical and direct consequence that was already announced at the beginning of the XX century.
Palavras-chave: LITERATURA ALEMÃ - HISTÓRIA E CRÍTICA
METÁFORA
CULTURA - SÉCULO XX
CANETTI, ELIAS - CRÍTICA E INTERPRETAÇÃO
EXÍLIO
Área(s) do CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Idioma: por
País: BR
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Faculdade de Letras
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Citação: SOUZA, Maria Alice Timm de. O exílio de si como metáfora de um mundo em fragmentação : um estudo sobre Elias Canetti. 2014. 113 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2207
Data de defesa: 19-Dez-2014
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Letras

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
466022.pdfTexto Completo925,07 kBAdobe PDFThumbnail

Baixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.