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Tipo do documento: Tese
Título: Medida e infinitude na "Doutrina do ser" e na passagem do dinheiro para o capital
Autor: Lara, Eduardo Garcia 
Primeiro orientador: Bavaresco, Agemir
Resumo: As distintas formulações da introdução para o capital entre a redação dos Grundrisse (1857–8) à publicação de O capital (1867) conduziram a marxologia a uma série de debates sobre a natureza da relação entre as categorias de circulação simples (e.g., mercadoria, valor, dinheiro) e o conceito de capital, bem como sobre as continuidades e descontinuidades da transição da parte I para a parte II de O capital. A presente tese tem como objetivo fornecer uma interpretação da importância do conceito de “sem medida” na Ciência da Lógica na formulação do conceito de capital nas obras econômicas de Karl Marx. Marx analisa o dinheiro no processo de acumulação sem medida como uma má infinitude e, em seu próximo movimento lógico, explica como acontece a passagem para o capital. O sem medida, que conduziria à apresentação da “essência” na Ciência da Lógica, é entendido como a má infinitude do dinheiro no processo incessante de acumulação. O desenvolvimento de uma ontologia baseada na possibilidade de qualidades quantitativas e de uma categoria para a medida demanda que singular, particular e universal sejam integrados em uma totalidade em que são passíveis de serem desenvolvidos um a partir do outro. Neste sentido, a passagem do dinheiro para o capital depende da compreensão do ser determinado (produto, mercadoria e dinheiro) como posto pela essência (capital) e de que sua capacidade de criar suas próprias condições de produção e determinar padrões de troca, distribuição e consumo confiram-lhe a forma de um sistema no qual suas determinações funcionam como condições internamente relacionadas. Se, antes, o ato da produção social aparecia originalmente como o pôr de valores de troca e este, em seu desenvolvimento ulterior, como circulação — como movimento plenamente desenvolvido dos valores de troca entre si —, agora, a própria circulação retorna à atividade que põe ou produz valor de troca. Em suma, a análise da circulação simples conduz ao conceito geral de capital, porque, no próprio modo de produção burguês, a circulação simples existe apenas como pressuposto do capital e pressuposto para o capital. O dinheiro como capital transforma-se nas condições para a produção e, então, retorna da circulação à produção.
Abstract: The different formulations of the introduction to capital between the Grundrisse (1857–8) and the publication of Capital (1867) led Marxology to a series of debates concerning the nature of the relationship between the categories of simple circulation (e.g., commodity, value, money) and the concept of capital, as well as on the continuities and discontinuities of the transition from part I to part II of Capital. This thesis aims to provide an interpretation of the importance of the concept of “measureless” in the Science of logic in the formulation of the concept of capital in Karl Marx’s economic works. Marx analyzes money in the process of accumulation without measure as a bad infinity, and, in his next logical move, explains how the transition to capital happens. The measureless, which would lead to the presentation of the “essence” in the Science of logic, is understood as the bad infinity of money in the incessant process of accumulation. The development of an ontology based on the possibility of quantitative qualities and of a category for the measure demands that the singular, the particular, and the universal be integrated into a totality in which they are likely to be developed from each other. The passage from money to capital depends on the understanding of the determined being (product, commodity, and money) as posited by the essence (capital) and that its ability to create its own conditions of production and determine patterns of exchange, distribution, and consumption give it the form of a system in which its terminations function as internally related conditions. If, before, the act of social production originally 8 appeared as the placing of exchange values and this, in its further development, as circulation — as a fully developed movement of exchange values among themselves — , now, circulation itself returns to activity that puts or produces exchange value. In short, the analysis of simple circulation leads to the general concept of capital, because, in the bourgeois mode of production, simple circulation exists only as an assumption of capital and an assumption for capital. Money as capital becomes the condition for production and then returns from circulation to production.
Palavras-chave: Capital
Infinitude
Dinheiro
Autovalorização
Capital
Infinitude
Money
Autovalorization
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Humanidades
Programa: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho será publicado como artigo ou livro
Prazo para liberar texto completo: 60 meses
Data para liberar texto completo: 13/04/2026
URI: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9543
Data de defesa: 26-Nov-2020
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Filosofia

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