@PHDTHESIS{ 2020:1869997329, title = {Medida e infinitude na "Doutrina do ser" e na passagem do dinheiro para o capital}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9543", abstract = "As distintas formulações da introdução para o capital entre a redação dos Grundrisse (1857–8) à publicação de O capital (1867) conduziram a marxologia a uma série de debates sobre a natureza da relação entre as categorias de circulação simples (e.g., mercadoria, valor, dinheiro) e o conceito de capital, bem como sobre as continuidades e descontinuidades da transição da parte I para a parte II de O capital. A presente tese tem como objetivo fornecer uma interpretação da importância do conceito de “sem medida” na Ciência da Lógica na formulação do conceito de capital nas obras econômicas de Karl Marx. Marx analisa o dinheiro no processo de acumulação sem medida como uma má infinitude e, em seu próximo movimento lógico, explica como acontece a passagem para o capital. O sem medida, que conduziria à apresentação da “essência” na Ciência da Lógica, é entendido como a má infinitude do dinheiro no processo incessante de acumulação. O desenvolvimento de uma ontologia baseada na possibilidade de qualidades quantitativas e de uma categoria para a medida demanda que singular, particular e universal sejam integrados em uma totalidade em que são passíveis de serem desenvolvidos um a partir do outro. Neste sentido, a passagem do dinheiro para o capital depende da compreensão do ser determinado (produto, mercadoria e dinheiro) como posto pela essência (capital) e de que sua capacidade de criar suas próprias condições de produção e determinar padrões de troca, distribuição e consumo confiram-lhe a forma de um sistema no qual suas determinações funcionam como condições internamente relacionadas. Se, antes, o ato da produção social aparecia originalmente como o pôr de valores de troca e este, em seu desenvolvimento ulterior, como circulação — como movimento plenamente desenvolvido dos valores de troca entre si —, agora, a própria circulação retorna à atividade que põe ou produz valor de troca. Em suma, a análise da circulação simples conduz ao conceito geral de capital, porque, no próprio modo de produção burguês, a circulação simples existe apenas como pressuposto do capital e pressuposto para o capital. O dinheiro como capital transforma-se nas condições para a produção e, então, retorna da circulação à produção.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Escola de Humanidades} }