@PHDTHESIS{ 2019:602660619, title = {Associação entre poluição atmosférica e pressão arterial em crianças e adolescentes : revisão sistemática e metanálise}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9290", abstract = "Introdução: A poluição atmosférica tem sido consistentemente considerada um fator de risco cardiovascular em adultos. Desequilíbrio autonômico e disfunção endotelial são mecanismos plausíveis para indução e perpetuação da hipertensão arterial após exposição a poluentes atmosféricos. Entretanto, informações científicas acerca dos efeitos da poluição do ar sobre o sistema cardiovascular e a pressão arterial de crianças ainda são escassas. Objetivos: Realizar uma revisão sistemática e metanálise acerca das evidências sobre a associação entre a exposição a poluentes atmosféricos e elevação da pressão arterial em crianças e adolescentes. Métodos: Foi conduzida uma pesquisa sistemática na literatura mediante as bases de dados MEDLINE, EMBASE, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Scientific Electronic Library Online, Latin American Caribbean Health Sciences Literature, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Web of Science, e literatura cinzenta, sem limite de data ou idioma, para estimar a associação entre poluição atmosférica e pressão arterial em indivíduos saudáveis de zero a 18 anos de idade. A qualidade da evidência foi analisada em todos os estudos por meio do padrão estabelecido pela Cochrane Reviews. A metanálise foi realizada utilizando modelos de efeitos randômicos, a fim de sintetizar as associações. Resultados: Um total de 13 estudos contendo 45.059 participantes foram incluídos na revisão sistemática, e três destes estudos contendo 314 participantes na metanálise. Na comparação entre o grupo de crianças residentes em áreas de maior nível de poluição do ar e o grupo exposto a menor nível de poluição, as diferenças médias de pressão arterial sistólica e diastólica foram, respectivamente, 3,93 (IC 95%: -0,29 a 8,14), I2 = 87% e 2,61 (IC 95%: 0,10 a 5,11), I2 = 78%. Na análise de sensibilidade, a diferença média de pressão arterial sistólica entre o grupo de maior exposição e o de menor exposição à poluição foi de 6,08 (IC 95%: 3,68 a 8,49), I2 = 50%, e a diferença média de frequência cardíaca foi de -3,12 (IC 95%: -4,11 a -2,12), I2 = 0%. Nove estudos (69,2%) foram classificados como de qualidade baixa ou razoável. Conclusão: Crianças expostas a maiores níveis de poluição atmosférica apresentam tendência a elevação da pressão arterial e a apresentar sinais indiretos de disfunção endotelial, quando comparadas com jovens que residem em locais com menor exposição. A exata relação dose-efeito desta associação e os efeitos dos diferentes tipos de poluentes ainda carecem de maiores estudos, desde a infância até a vida adulta. Medidas para a melhoria da saúde ambiental podem contribuir para a prevenção cardiovascular primária no presente e no futuro.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança}, note = {Escola de Medicina} }