@PHDTHESIS{ 2019:684729821, title = {Variabilidade da frequência cardíaca e distúrbios do sono em crianças e adolescentes com fibrose cística}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9423", abstract = "Introdução: Há evidências que distúrbios do sono, inclusive hipoxemia noturna são comuns em indivíduos com fibrose cística (FC), porém o diagnóstico geralmente não é realizado em fase inicial, piorando o prognóstico. Da mesma forma, sabe-se que existe correlação entre a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e mortalidade em diversas condições clínicas. Evidências demonstram alteração da VFC como consequência de alguns distúrbios do sono, porém poucos estudos relacionam tais alterações em crianças e adolescentes com FC. Objetivo: Avaliar a associação da VFC com os achados de distúrbios do sono em crianças e adolescentes com FC. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com indivíduos diagnosticados com FC, idade entre 6 e 18 anos atendidos em um Centro de Referência de Vitória, Espírito Santo. Foram registradas informações referentes ao perfil sociodemográfico e clínico da amostra, escore de Shwachman-Kulczycki (SK), avaliação da função pulmonar, estado nutricional e nível de atividade física diária, através da aplicação da versão curta do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Para avaliação da variabilidade da frequência cardíaca foi utilizado o cardiofrequencímetro Polar RS800CX (Polar Electro Oy, Finland) durante 25 minutos de repouso e para avaliação do sono, a polissonografia basal noturna tipo II. Para análise, os dados da VFC foram transmitidos para um computador utilizando o software Polar ProTrainer 5 e convertidos em arquivos de texto que foram analisados no Software Kubios HRV Standard. Os 5 minutos iniciais foram excluídos para fins de estabilização dos parâmetros e foi realizada filtragem manual para eliminação de batimentos ectópicos e aplicado filtro digital de baixa intensidade para eliminar os intervalos RR anormais considerando no máximo 5% de correção. Como critérios de avaliação do sono, a hipoxemia noturna foi considerada nos indivíduos com saturação de oxi-hemoglobina (SpO2) inferior a 90% por mais que 5% do tempo total do sono (TTS), e síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS) quando o índice de apneia e hiponeia obstrutiva fosse maior ou igual a 2 por hora. Resultados: A amostra foi composta por 30 indivíduos, com média de idade de 11,2 anos, maioria do sexo feminino (66,6%) e com volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) de 62,77±27,62%. Foi identificado uma eficiência do sono reduzida, com média de 66,49%, índice de distúrbios respiratórios do sono (IDR) com mediana de 2,5 (1,85-3,9), hipoxemia noturna 26,67% e presença de SAOS (IAHO≥2/h) em 30%. Na análise da VFC encontramos SDNN médio de 60,76±45,85 e no domínio frequência, média de 60,35±17,20 para LF (nu) e de 38,90±17,24 para HF (nu). Houve correlação significativa entre o índice de modulação global da VFC (LF/HF) e a SpO2 mínima durante o sono nos pacientes com menor função pulmonar (VEF1≤60%) (r=0,7134; p=0,02). A prevalência de distúrbios do sono e anormalidade da VFC foi maior nos indivíduos com menor função pulmonar (VEF1≤60%). Conclusão: Os resultados obtidos indicam uma correlação isolada de distúrbios do sono com parâmetros de VFC apenas em indivíduos com função pulmonar reduzida. Além disso, esses pacientes apresentam uma maior prevalência de distúrbios do sistema nervoso autônomo, hipoxemia noturna e presença de SAOS.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança}, note = {Escola de Medicina} }