@MASTERSTHESIS{ 2020:1354125206, title = {Hábitos alimentares relacionados à sobrevida em nonagenários e centenários do AMPAL}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9222", abstract = "Introdução: Os nonagenários compõem o grupo populacional que mais cresce no Brasil. Uma das principais causas de óbito entre os nonagenários e centenários estão mortes por sinais e sintomas mal definidos (25%), demonstrando uma carência na assistência desses grupos populacionais. O envelhecimento é acompanhado de modificações nos hábitos alimentares. Dentre os nonagenários e centenários, a relação desses hábitos com a mortalidade não está estabelecida. Portanto, é importante avaliar essa relação propiciando uma orientação nutricional mais adequada que poderá ser fruto de uma política de saúde pública. Objetivo: Associar os hábitos alimentares com a sobrevida em nonagenários e centenários. Métodos: Os 238 nonagenários e centenários avaliados pelo projeto “Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) em 2016 foram acompanhados até agosto de 2019 periodicamente por telefone ou visita domiciliar. O número de meses entre a primeira avaliação e a data do óbito ou do último contato foi utilizado para calcular o tempo de acompanhamento, para fins de análise de sobrevida (pela regressão de dano de Cox). Os hábitos alimentares foram classificados quanto à qualidade (Índice de Qualidade da Dieta - IQD) e a variabilidade da dieta (IVD). Resultados: O consumo alimentar avaliado pelo IVD demonstrou que a capacidade mastigatória (p=0,0033) e o apetite (p=0,0368) influenciaram na pontuação do índice. A faixa etária (p=0,0247), o exercício físico (p=0,0020), o consumo de bebida alcoólica (p=0,0344) e a presença de diarreia (p=0,0064) demonstraram ter influência na qualidade da dieta, refletindo na pontuação do IQD. Tanto o IVD quando o IQD foram preditores de sobrevida. Níveis maiores de ambos os índices tiveram maior probabilidade de sobrevida sendo indicativo de significância para o IVD (p=0,0809) e significativo o IQD (p=0,0098). Conclusões: Tanto a qualidade quanto a variabilidade da dieta foram preditores de sobrevida nos nonagenários e centenários pesquidados. Foi possível identificar pontos de cortes, para ambos os índices (IVD e IQD), mais sensíveis para a predição de sobrevida que poderão servir como parâmetros de normalidade para a qualidade alimentar da população dos nonagenários e centenários. O IQD pode ser considerado bom se maior ou igual a 9 e o IVD se maior ou igual a 4. Apesar do IQD ter tido melhor desempenho ambos os índices podem ser facilmente aplicados na atenção primária, pois não necessitam de treinamento especializado. O instrumento utilizado para o cálculo dos índices já é amplamente aplicado em pesquisas populacionais pelo IBGE. Por tanto, a experiência adquirida no presente trabalho poderá ser estendida para outras faixas etárias.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica}, note = {Escola de Medicina} }