@MASTERSTHESIS{ 2020:1255731513, title = {Biomarcadores sanguíneos ligados ao metabolismo e ao estresse em Salvator merianae: uma relação com o uso de agrotóxicos}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9233", abstract = "O uso de agrotóxicos começou a ser disseminado na década de 60 com a Revolução Verde. Entretanto, não se sabia quais seriam as consequências desse uso em longo prazo. Ao ser aplicado, resíduos de agrotóxico acabam atingindo animais não-alvo, se infiltrando no solo e atingindo a água. Como consequência, os agrotóxicos podem bioacumular e/ou impactar organismos não-alvo causando danos bioquímicos e fisiológicos antes mesmo de alterações morfológicas visíveis. Quando se trata de ecotoxicidade, os répteis são os animais menos estudados e encontram-se atualmente em declínio global devido, principalmente, a degradação do hábitat ao qual ocupam. O lagarto Salvator merianae tem ampla distribuição na América do Sul e é encontrado frequentemente em áreas de cultivo agrícola, além de seu período reprodutivo coincidir com a aplicação de agrotóxico nas culturas de primavera/verão. Os objetivos deste estudo foram comparar possíveis alterações em parâmetros bioquímicos e fisiológicos de S. merianae coletados em uma área exposta a agrotóxicos e uma área de referência. Para tal, quantificamos diferentes marcadores sanguíneos: albumina (ALB), alanina aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina (FAL), gama glutamil transpeptidase (GGT), glicose sérica (GLI), proteínas totais (Pt), ácido úrico (AU), triglicerídeos (TGL), VLDL, corticosterona, TBARS, glutationa-S-transferase (GST), e da atividade da superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT). Para isso, foram coletadas amostras de sangue de 28 lagartos da espécie S. merianae na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, no ano de 2019 e 2020, e fora do período de hibernação. Foi utilizado plasma para quantificarmos os marcadores de dano hepático, metabolismo intermediário e endócrino através de kits comerciais da BioTécnica, e para as análises de estresse oxidativo utilizamos eritrócitos sendo estes quantificados através de métodos espectrofotométricos padronizados para lagartos em nosso laboratório. Os resultados diferiram significativamente quanto aos níveis de TBARS, GST, TGL, VLDL, AU quando comparamos os juvenis coletados em área exposta com aqueles de área referência; já para as fêmeas observamos diferenças para os níveis de SOD e PT, e para os machos para a SOD, CAT e GST. Os resultados relacionados ao dano hepático e aos níveis de corticosterona não foram significativos para nenhuma das categorias etárias (juvenis fêmeas e machos). Assim, conclui-se que o contato com agrotóxicos está tendo um impacto sobre S. merianae, principalmente para os juvenis o que pode trazer consequências negativas para as próximas gerações podendo conduzir a um impacto nesta população. Além disto, este conjunto de resultados nos permite sugerir o uso destes marcadores para o acompanhamento da saúde destes animais em longo prazo.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade}, note = {Escola de Ciências da Saúde e da Vida} }