@MASTERSTHESIS{ 2020:964165829, title = {Mais laços e menos nós : a teia da rede de atenção à saúde no enfrentamento da violência}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9164", abstract = "Esta dissertação permeia, no campo da saúde pública, a atenção à saúde no enfrentamento da violência vivenciada envolvem a Atenção Primária em Saúde/Básica em (APS/AB) de Porto Alegre com o objetivo de: conhecer e analisar como os trabalhadores da rede municipal de saúde de Porto Alegre vem enfrentando a violência vivenciada no cotidiano do trabalho; analisar as atribuições e responsabilidades da rede de saúde no atendimento às situações de violência, bem como os recursos disparados para o cuidado dos trabalhadores; e conhecer a organização da rede de saúde em relação aos encaminhamentos de situações de violência. Para tanto, nove trabalhadores e gestores da Atenção Básica de Porto Alegre foram selecionados como participantes da pesquisa, respeitando-se os critérios de inclusão e exclusão. Como critério de inclusão, exigiu-se que o universo de participantes fosse definido por profissionais de saúde, trabalhadores e gestores, da rede municipal de Porto Alegre, efetivos no cargo e/ou função ou empregados públicos há mais de cinco anos. Compuseram à amostra, a rede municipal de saúde, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), dois trabalhadores de cada uma de três Gerenciais Distritais (GD): Glória, Cruzeiro e Cristal (GCC); Centro e Partenon Lomba do Pinheiro (PLP). O Grupo focal foi composto por três gestores eleitos das oito GD de UBS foi selecionado. Nas análises dos depoimentos dos participantes foi possível compreender responsabilidades, atribuições e percepção quanto aos protocolos, em especial quanto ao instrumento de notificação de violência acionado em casos de suspeita ou confirmação de situações de violência. Além disso, buscou-se conhecer, também, os modos de produção de cuidado dos trabalhadores nos territórios da Atenção Básica. Foi observado que os múltiplos efeitos da violência podem ser percebidos nas relações sociais e, por esta razão, torna-se cada vez mais difícil compreendê-los num único conceito dada a abrangência das suas formas de manifestação. A violência parece ser naturalizada como forma de linguagem e um modo de comunicação muito singular da sociedade capitalista, tendo na violência estrutural a expressão mais radicalizada na contemporaneidade e percebida como raiz dos processos de fragmentação e desigualdades sociais. Os múltiplos efeitos desses processos são sentidos e percebidos, de modo mais extremado, nos territórios que, historicamente, vivenciam situações de vulnerabilidade. Nestes territórios há um vazio assistencial resultado da desassistência do poder do Estado, expresso por desigualdades e pobreza, definindo a concepção de direito na lógica neoliberal. A violência, portanto, além de precarizar e segregar os sujeitos em suas relações sociais, se caracteriza como uma concepção de “direito” unilateral, que reflete nas condições e padrões de vida e trabalho na sociedade", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Escola de Humanidades} }