@MASTERSTHESIS{ 2019:1730502079, title = {Adaptação e validação do questionário de esquemas de Young - versão breve (ysq-s3) para uso no Brasil}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8943", abstract = "A Terapia do Esquema (TE) é uma abordagem terapêutica integrativa com base na Terapia Cognitivo-Comportamental e elementos de teoria do apego, das relações objetais, abordagens psicodinâmicas, terapia cognitivo-analítica, dos esquemas pessoais, focada na emoção e gestalt. A TE permite uma compreensão ampliada sobre aspectos patológicos da personalidade e proporciona modelos explicativos para diferentes psicopatologias, bem como estratégias de intervenção. Esta compreensão tem como base os Esquemas Inciais Desadaptativos (EIDs), que são estruturas disfuncionais formadas por cognições, emoções, memórias e sensações. Os EIDs são desenvolvidos ao longo da infância e adolescência a partir das necessidades básicas não-supridas, processo que ocorre na interação entre o temperamento do indivíduo e o ambiente no qual esteve inserido. Para auxiliar na identificação dos EIDs, foi desenvolvido do Questionário de Esquemas de Young – versão breve (YSQ-S3). Este instrumento tem sido muito utilizado em pesquisas e permite importantes avanços em estudos sobre o modelo teórico e avaliação de intervenções em TE. O YSQ-S3 é um instrumento de autorrelato com 90 itens e escala Likert de seis pontos. A presente dissertação tem como objetivo geral apresentar os processos de adaptação e estudo das evidências de validade do YSQ-S3 para uso no Brasil. Inicialmente, é apresentada uma seção teórica com fundamentação teórica sobre a temática da dissertação, incluindo a TE, os EIDs e uma revisão sobre estudos que avaliaram as evidências de validade do YSQ-S3 em outros países. A seção empírica da dissertação é dividida em três estudos empíricos. O primeiro estudo, intitulado “Adaptação brasileira do Questionário de Esquemas de Young – versão breve (YSQ-S3)”, tem como objetivo apresentar a adaptação semântica do YSQ-S3 para o Brasil e suas evidências preliminares de consistência interna. Na adaptação, foram seguidos os processos exigidos pela International Society of Schema Therapy (ISST) de tradução, revisão e retrotradução. Além disso, foram contempladas etapas adicionais de avaliação com três experts, avaliação do público-alvo com grupo focal de oito participantes e estudo-piloto com 10 participantes. Posteriormente, o YSQ-S3 foi aplicado com 200 indivíduos para análise da consistência interna do instrumento. No que se refere ao processo de adaptação, são descritos no estudo os itens que passaram por modificações linguísticas para manutenção dos conteúdos dos itens e as sugestões dos experts. Nas etapas de avaliação com o público-alvo, todos participantes referiram compreensão total dos itens e facilidade no preenchimento, com exceção de alguns itens referentes ao EID Isolamento Social, que são descritos no estudo. A consistência interna geral do instrumento foi classificada como excelente (α = 0.965) e satisfatória para todos os EIDs (α entre 0.76 e 0.92), com exceção do EID Arrogo (α = 0.67). Estes dados permitem constatar que o instrumento apresenta boa adequação semântica para uso no Brasil e evidências preliminares satisfatórias de consistência interna. O segundo estudo, intitulado “Evidências de validade da versão brasileira do Questionário de Esquemas de Young – versão breve (YSQ-S3)”, tem como objetivo apresentar evidências de validade interna e externa do instrumento. A coleta foi feita por conveniência e participaram 1.050 indivíduos de população que preencheram o YSQ-S3 e o Symptom Checklist (SCL-90). A estrutura fatorial foi investigada com Análise Fatorial Confirmatória (AFC) no ambiente R com o pacote lavaan, e a validade convergente a partir da correlação entre os EIDs e sintomas psicológicos clínicos. Os ajustes do modelo fatorial foram satisfatórios, ² (3.762) = 15.481.55, CFI = 0.98, TLI = 0.98, RMSEA = 0.054, SRMR = 0.055. No geral, os ajustes dos modelos fatoriais de cada subescala também foram satisfatórios e as medidas de fidedignidade composta e alpha ordinal foram todas superiores à 0.7. Na validade convergente, as análises de correlações bivariadas evidenciaram correlações positivas entre todos os EIDs e subescalas do SCL-90, indicando que quanto maior a ativação dos EIDs, maior a presença de sintomas psicológicos. As principais correlações são discutidas no estudo. Este estudo permitiu identificar evidências satisfatórias de validade estrutural e convergente. O terceiro estudo empírico, intitulado “Esquemas Inciais Desadaptativos: um estudo com análise de rede”, tem como objetivo apresentar um modelo de distribuição dos EIDs em Domínios Esquemáticos, bem como identificar aspectos de centralidade e conectividade entre os EIDs. O YSQ-S3 foi aplicado com 1.050 indivíduos de população geral. Os dados foram analisados com base na análise de rede para dados gaussianos, com técnica machine learning e aplicação de um parâmetro de penalização por meio do algoritmo GeLASSO. Para identificar os subgrupos, foi conduzida uma análise de comunidade. Também foram estimadas medidas de centralidade (expected influence), conectividade (betweness) e as distâncias mais curtas (shortest paths) entre as variáveis. Os dados foram analisados no ambiente R, com os pacotes qgraph e igraph. A partir da análise de comunidades, foi indentificado um modelo de quatro Domínios, intitulados: “Desconexão e Rejeição”; “Previsão negativa do futuro e vulnerabilidade”, “Autonomia e desempenho prejudicados”, e “Padrões excessivos e busca por status”. Neste estudo, são expostas as descrições dos Domínios e possíveis explicações sobre as necessidades básicas são-supridas em cada um deles. A partir da medida de centralidade “expected influence”, foi possível identificar os EIDs com maior potencial de ativação da rede: Subjugação; Negatividade; Defectividade/Vergonha; e Abandono. Na medida de conectividade “betwenness”, destacaram-se com importantes mediadores, os EIDs: Defectividade/Vergonha; Padrões Inflexíveis; Fracasso e Abandono. Tanto nas medidas de centralidade e conectividade, destacam-se enquanto especialmente danosos, os EIDs de Defectividade/Vergonha e Abandono. Os resultados permitem avanços na compreensão empírica do modelo.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Escola de Ciências da Saúde e da Vida} }