@MASTERSTHESIS{ 2019:491976952, title = {Agressividade e impulsividade em homens hospitalizados por uso de substâncias psicoativas}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8941", abstract = "Sabe-se que o uso de substâncias psicoativas causa prejuízos à saúde e aumenta a chance de apresentar comportamentos agressivos, principalmente na população masculina. Além disso, adictos, ou pessoas que apresentam patologias de recompensa, valorizam mais o seu objeto de adicção do que outros prazeres. Conforme a gravidade da dependência química aumenta, o adicto tem mais motivação para o uso de substâncias psicoativas e menos motivação para buscar prazeres naturais. Outro fator relevante é a Impulsividade. Pesquisas indicam que pessoas com uma alta impulsividade, medida por meio de autorrelatos, têm chances maiores de apresentar uso de substâncias e de tomar decisões prejudiciais. A Agressividade pode ser dividida em quatro traços: agressividade física; agressividade verbal; raiva; e hostilidade. As duas primeiras representam a tendência a machucar ou prejudicar outros. A raiva refere-se à raiva em si e à preparação para agredir. A hostilidade consiste em sentimentos de má vontade e injustiça vindos de outras pessoas. A Impulsividade pode ser dividida em três fatores principais: o Neuroticismo/Emocionalidade Negativa, Desinibição versus Constrangimento e Extroversão/Emocionalidade Positiva. A Desinibição versus Constrangimento tem ligação com a falta de planejamento e persistência. Já a Extroversão/Emocionalidade Positiva constituem a Busca por Sensações. Por fim, o Neuroticismo/Emocionalidade Negativa formam a base da Urgência Negativa, a tendência a agir de forma abrupta para evitar emoções negativas (e.g., estresse, fissura). Há evidência de relação positiva entre a Impulsividade e a Agressividade. Acredita-se que episódios de agressividade ocorram mais por impulsividade do que por planejamento, como sugere o estudo de Stanford e colegas. O estudo avalia 93 homens fisicamente agressivos e 90% deles apresentaram uma prevalência de agressividade impulsiva, enquanto apenas 10% apresentaram agressividade premeditada. Portanto, esta dissertação pretende contribuir com os conhecimentos na área de dependência química, com objetivo de determinar os principais fatores relacionados à Agressividade e à Impulsividade em dependentes químicos. Para tanto, foram desenvolvidos dois estudos: 1) Relation between cocaine use, impulsivity, and aggression; 2) Delay Discounting in tobacco smokers. No primeiro e no segundo artigos, as amostras são compostas por 121 e 70 participantes, respectivamente. O primeiro artigo objetiva compreender melhor a relação entre o uso de Cocaína/Crack, Impulsividade e Agressividade, sendo a escolaridade, a idade de início do uso de Cocaína e a Urgência, um dos traços da Impulsividade, os principais fatores associados à Agressividade. Além disso, encontrou-se evidências de que a gravidade percebida do uso de Cocaína/Crack está associada com a Urgência. Fica clara, portanto, a necessidade de atentar à Urgência quando tratando pacientes internados que apresentam uso de Cocaína/Crack. O segundo artigo objetiva compreender melhor a relação entre uso de Tabaco, Funções Executivas e Desvalorização pelo Atraso (uma medida de impulsividade). Os resultados indicam que tabagistas que apresentam menor renda ou classe social ou têm mais idade tendem a ter uma Desvalorização pelo Atraso maior, favorecendo recompensas menores e mais rápidas em detrimento de recompensas superiores, entretanto mais tardias. Observou-se que a Urgência e a data do primeiro uso de Cocaína têm um papel importante na Agressividade. Portanto, para ter uma noção melhor da Agressividade de pacientes com uso de Cocaína ou Crack, seria importante desenvolver um instrumento medindo especificamente a Urgência e saber a data de início do uso. Além disso, deve-se levar em consideração que dependentes de Tabaco com classe social mais baixa tendem a demonstrar maior Impulsividade, assim como dependentes de Cocaína com menos educação. Para futuros estudos, recomenda-se criar ou utilizar um instrumento que meça a Urgência especificamente, considerando que esse foi o principal traço de Impulsividade relacionado ao uso de Cocaína/Crack e à Agressividade. Além disso, tratamentos focados em reduzir a Urgência poderiam beneficiar essa população. Outra sugestão seria fazer estudos similares, mas com grupo de comparação, como, por exemplo, um grupo de pacientes internados por uso de drogas que não apresente uso de Cocaína/Crack ou um grupo da população saudável. O mesmo é recomendado ser feito com futuros estudos sobre o Tabaco e o Desvalorização pelo Atraso, com um grupo de tabagistas e um de não-tabagistas. Tal comparação iria permitir evidenciar quais características são específicas da população-alvo.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Escola de Ciências da Saúde e da Vida} }