@MASTERSTHESIS{ 2019:261394162, title = {Distribuição das peritonites por regiões climáticas brasileiras em uma coorte de pacientes em diálise peritoneal}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9229", abstract = "A doença renal crônica (DRC) possui elevada prevalência na população mundial. No Brasil aproximadamente 122 mil pacientes realizam tratamento dialítico, entre esses, 7,9% estão em diálise peritoneal (DP). Nessa modalidade terapêutica, peritonite é a principal causa de morbimortalidade e falha do método. Além dos principais fatores de risco: raça negra, diabetes mellitus (DM), idade avançada, obesidade, desnutrição,inflamação crônica, diminuição da função renal residual e peritonite prévia, outros fatores de risco como baixo nível de escolaridade, distância da residência até o centro de diálise e região geográfica também têm sido descritos. A localização geográfica pode determinar diferenças nas características clínicas e nos desfechos de pacientes em diálise, ainda que dentro de um mesmo território, principalmente em um país com grandes variações climáticas como o Brasil. As alterações de temperatura e umidade podem desempenhar um papel no desenvolvimento dessa infecção. Objetivo: Caracterizar a distribuição das peritonites por regiões climáticas brasileiras em uma coorte de pacientes em diálise peritoneal. Método: Estudo de coorte, retrospectivo. Através da utilização do banco de dados de um estudo denominado BRAZPD (Estudo Multicêntrico de Diálise Peritoneal no Brasil), foram analisados 1.631 pacientes incidentes em DP, que apresentaram pelo menos um episódio de peritonite e que permaneceram pelo menos 90 dias nesse método de diálise. As informações relativas à temperatura e umidade relativa do ar foram referentes a média desses valores no mês em que os pacientes desenvolveram peritonite e foram coletadas através do banco de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Para essa análise, o país foi dividido de acordo com suas regiões climáticas segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Resultados: Foram incluídos 9.905 pacientes adultos de 122 centros brasileiros, 1631 apresentaram peritonite, total de 2562 episódios de infecção. A média de idade foi de 59,2 ± 16,2 anos e 53,3% (n=870) eram do sexo feminino. Foi detectado aumento do número de casos em janeiro, predomínio de cultura negativa e, entre os episódios com cultura positiva, predominaram gram positivos (GP). A taxa encontrada foi de 0,30 episódio/ano e a comparação das taxas de peritonite demonstrou diferença estatisticamente significativa (p<0.001) entre as regiões. Foi encontrado associação entre umidade e peritonite na região Tropical Brasil Central (r=0,58) e potencial de associação entre o número de infecções e temperatura média nessa região (r=0,47), temperatura máxima na região Equatorial (r=0,44) e potencial de associação negativo entre o número de infecções e umidade na região Equatorial (r=-0,48). Conclusão: Foi possível verificar que a ocorrência de peritonite difere entre as regiões climáticas brasileiras, com predomínio no mês de janeiro. Encontramos associação entre umidade e peritonite na região Tropical Brasil Central. As bactérias gram-positivas causaram a maioria dos episódios e mantiveram distribuição uniforme ao longo dos meses do ano.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde}, note = {Escola de Medicina} }