@PHDTHESIS{ 2019:922421562, title = {A proposta de Will Kymlicka de uma teoria liberal dos direitos das minorias como plataforma de viabilidade do projeto sociopolítico de Alasdair Macintyre}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8570", abstract = "A tradição liberal, mais especificamente, aquela do liberalismo igualitarista reconhecido pela defesa intransigente da dignidade humana, sempre teve como objetivo central assegurar a convivência pacífica entre diversas culturas por meio de princípios de justiça que garantissem a liberdade e a igualdade de oportunidade a todos. É justamente neste contexto que emerge o filósofo escocês Alasdair MacIntyre, crítico radical da tradição liberal. Partindo da tradição aristotélico-tomista, MacIntyre tem pautado sua filosofia no que intitula de racionalidade das tradições, que em outros termos tem entre seus principais requisitos confrontar as posições das mais diversas tradições no intuito de encontrar o melhor conjunto de razões que provem a superioridade de alguma das tradições em jogo. Ancorado neste tipo de racionalidade, tem acusado o liberalismo de ter fracassado como modelo de sociabilidade garantidor da vida boa. Sendo assim, tem proposto que o melhor modo de vida pode ser encontrado nas pequenas comunidades locais estabelecidas sob a ótica da ética das virtudes de cunho aristotélico-tomista. Porém, é neste cenário que emerge o filósofo canadense Will Kymlicka com a pretensão de correção de alguns dos déficits da tradição liberal, mais especificamente, reconhecer de forma concreta as minorias culturais presentes em muitos Estados Multiculturais chegando a propor inclusive, o direito de autogoverno a alguns povos, como também vagas nos parlamentos que sejam exclusivas para a representação destes. Nestes termos, a presente tese tem como objetivo avaliar até que ponto a tradição liberal representada por Kymlicka consegue oferecer uma plataforma de proteção e manutenção do projeto sociopolítico de MacIntyre, uma vez que é urgente encontrarmos algum tipo de suporte que garanta a sobrevivência de muitas comunidades locais. Neste sentido, colocamos em prática o modelo de racionalidade proposto pelo filósofo escocês e testamos a força de ambas as tradições no intuito de apontar: se há superioridade de alguma delas, bem como seus déficits; e propor soluções que vão para além delas. Para tanto, esboçamos, no primeiro capítulo, o atual panorama do debate liberal-comunitário ampliando-o até as propostas multiculturalistas contemporâneas. Já no segundo capítulo detalhamos em que consiste o modelo de racionalidade de MacIntyre, bem como sua proposta sociopolítica. No terceiro capítulo, explicitamos a proposta de Will Kymlicka de Direitos de cidadania diferenciada em função do grupo, assim como o problema da estabilidade social. Quanto ao quarto capítulo, testamos a capacidade da proposta de Kymlicka frente à política das virtudes defendida por MacIntyre no intuito de demonstrar alguns elementos: em primeiro plano, o quanto a proposta de Kymlicka de se garantir o direito ao autogoverno às comunidades é relevante para a proteção e manutenção das redes sociais pautadas na ética das virtudes. Em segundo, que concepção de sujeito moral é proposta pelo filósofo canadense para se manter a estabilidade entre comunidades autogovernadas. Por fim, apontamos alguns déficits de ambos os autores e propomos como solução alternativa, a urgente necessidade de implementação do que intitulamos de democracia intercultural.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Escola de Humanidades} }