@MASTERSTHESIS{ 2018:1867546255, title = {Uso de sulpirida como galactagogo para mães de recém-nascidos prematuros de muito baixo peso}, year = {2018}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8684", abstract = "Introdução: A lactação das mães de recém-nascidos prematuros é singular. O inesperado parto antecipado e as especificidades do recém-nascido prematuro são situações que fazem com que esse período seja desafiador para os envolvidos na promoção do aleitamento materno. Frente a isso, inúmeras alternativas são usadas para auxiliar nesse processo. O uso de galactagogos é uma delas, onde a partir a ingestão destes medicamentos, há elevação dos níveis de prolactina e, consequentemente, aumento da produção de leite. Objetivo: Investigar o uso do fármaco sulpirida como auxiliar na promoção e manutenção da lactação em mães de recém-nascidos pré-termo de muito baixo peso, internados na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal de um hospital privado de grande porte na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Métodos: Um estudo transversal retrospectivo incluiu mães de recém-nascidos pré-termo de muito baixo peso, que permaneceram na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal por pelo menos 30 dias, as quais fizeram esgota mecânica do leite durante a internação dos seus filhos. Foram excluídas mães soropositivas para HIV, as que apresentaram problemas de saúde e aquelas que optaram espontaneamente por não amamentar. Os dados foram obtidos dos registros realizados de rotina no setor de coleta de leite e consistiram em volume de leite obtido diariamente por esgota mecânica, número diário de esgotas, uso e dose de medicamentos como auxiliares da lactação e possíveis efeitos colaterais desses medicamentos. Para as mães que iniciaram a terapia com sulpirida a partir do sétimo dia pós-parto foi avaliada a variação do volume de leite extraído de forma mecânica por três dias consecutivos antes do início da terapia e, posteriormente, no terceiro, quinto e sétimo dia. Resultados: Fizeram parte do estudo 68 puérperas que preencheram os critérios de inclusão e exclusão, com média de idade de 34,5±4,2 anos (mínima de 18 e máxima de 43 anos), 98,5% de raça branca e 65% com ensino superior completo ou incompleto. Sessenta e duas (91,2%) nutrizes fizeram uso de sulpirida; 17 associaram outros fármacos adjuvantes na ejeção ou produção de leite, sendo que 15 fizeram uso de ocitocina em spray nasal. Não houve diferença entre o volume de leite esgotado entre as mães que usaram somente sulpirida e as mães que usaram ocitocina ou outro medicamento galactagogo além da sulpirida (p=1,000). Não foram relatados efeitos colaterais, nem nas mães nem nos recém-nascidos, que pudessem estar associados ao uso da sulpirida, durante o período investigado. Trinta mães iniciaram o uso de sulpirida após o sétimo dia pós-parto. Entre estas, a mediana do volume diário de leite esgotado antes do uso de sulpirida foi de 34 ml (intervalo interquartil 18,3-71,7) e após a sulpirida foi de 54 ml (intervalo interquartil 28,8-89,9) (p=0,001). A média do número de esgotas realizadas diariamente no momento pré-sulpirida foi de 2,13±0,80 vezes, e pós-sulpirida foi de 2,02±0,83 vezes (p=0,194). O grupo que iniciou com sulpirida após o 14º dia pós-parto apresentou uma tendência a maior volume de leite, porém a diferença não foi significativa (p=0,158). Houve aumento significativo no volume de leite esgotado mecanicamente somente no grupo que iniciou após o 14º dia (p=0,002). No grupo que iniciou do sétimo ao 14º dia, a diferença não foi significativa (p=0,117). Em relação à dosagem da sulpirida, não houve diferença significativa no aumento do volume de leite em relação à dose de um, dois ou três comprimidos (50 a 150 mg por dia). Conclusões: Foi grande a frequência de uso de sulpirida como auxiliar da lactação nas mães estudadas. Houve um aumento significativo do volume de leite esgotado de forma mecânica, comparando o volume obtido antes do uso de qualquer medicamento galactagogo com o obtido posteriormente ao tratamento com sulpirida, nas mães que iniciaram o uso do medicamento após o sétimo dia pós-parto, particularmente nas que iniciaram a sulpirida após o 14º dia pós-parto. Entretanto, o volume de leite materno obtido, tanto antes como depois da terapia, foi baixo em comparação a relatos publicados e ao volume associado à manutenção posterior do aleitamento materno nos recém-nascidos pré-termo. O número médio de esgotas mecânicas diárias das mamas foi muito baixo em relação às recomendações vigentes. A dosagem de sulpirida utilizada foi a indicada nos estudos publicados. Não houve diferença no volume de leite em relação à dose de sulpirida. Houve uso de outros medicamentos aliados à sulpirida, principalmente de ocitocina por via nasal, não se observando diferença no volume de leite esgotado entre as mães que utilizaram somente a sulpirida e aquelas que associaram outros fármacos. Não foi observada nenhuma reação adversa que pudesse ser atribuída ao uso de sulpirida, nem nas mães nem nos recém-nascidos.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança}, note = {Escola de Medicina} }