@PHDTHESIS{ 2018:173491969, title = {A falta de limites : processos de moralização infantil em uma instituição de educação de crianças pequenas em Porto Alegre}, year = {2018}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8282", abstract = "O objetivo desta pesquisa é analisar discursos e práticas culturais em torno de processos de moralização infantil, a partir da noção “criança sem limites”. Essa noção é pensada aqui enquanto um dispositivo de regulação moral adulta presente nas relações intergeracionais, em especial, em um contexto de uma instituição de educação infantil comunitária na cidade de Porto Alegre. As educadoras – mulheres trabalhadoras – lançam mão de julgamentos, acusações e queixas ao pensarem sobre as condutas das crianças e ao identificarem que existem crianças “sem limites” no cotidiano institucional. Para tal problemática relacional, as educadoras afirmam que as crianças “precisam de rotina”, principalmente aquelas “sem limites”, já que estas desafiam os processos de normatização, de disciplinamento institucional. De acordo com observações de campo, verificaram-se práticas educativas a partir de uma lógica do constante controle frente às ações dos pequenos com base na rotina escolar. O olhar das educadoras também está voltado para fora da escola, ou seja, para os familiares ou responsáveis, os quais parecem “falhar” quanto aos processos de educação dos filhos, exigindo das educadoras, consequentemente, uma “educação” moral que elas não desejam cumprir, pois para elas o papel da creche e pré-escola é ensinar, deixando a tarefa do educar como competência da família. Nesse contexto educacional, abre-se também o diálogo com os pequenos e observa-se que as crianças, com suas histórias e perspectivas particulares, são pouco consideradas como sujeitos participantes e capazes de contribuir com o fazer cotidiano na instituição. Elas sentem e percebem o ritmo adulto diário, buscam resistir de alguma forma, mas existem relações de poder e uma reprodução prevista no cronograma de atividades. Existem concepções de educação, de infância, de adultez e do próprio trabalho de educação infantil. A partir dos dados e de análise, este trabalho de investigação busca apontar reflexões em torno da necessidade de se aprimorar práticas educacionais mais democráticas nas relações entre adultos e crianças que permitam espaços para agência infantil e não somente uma continuidade de um modelo de educação interetária voltado para a norma e para a nostalgia de uma autoridade perdida em um passado, que precisa ser resgatada.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais}, note = {Escola de Humanidades} }