@MASTERSTHESIS{ 2018:697739339, title = {Avaliação da aptidão física, força muscular periférica, atividade física habitual e uso de antibióticos em pacientes com fibrose cística}, year = {2018}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8264", abstract = "INTRODUÇÃO: A fibrose cística (FC) é uma doença genética, de herança autossômica recessiva, com manifestações sistêmicas que comprometem a função normal de diversos órgãos e sistemas, dentre eles o respiratório. Assim, a progressão da doença pulmonar ainda é o fator de maior morbidade, levando à redução da capacidade de exercício. OBJETIVOS: Avaliar o desempenho físico e muscular de indivíduos com fibrose cística. METODOS: Trata-se de um estudo observacional, do tipo transversal, realizado em um centro de fibrose cística. A amostra foi selecionada por conveniência, incluindo pacientes com diagnóstico clínico de FC (teste do suor e/ou avaliação genética), de ambos os sexos e com idade ≥ 6 anos. Os pacientes foram encaminhados para realizar o teste de exercício cardiopulmonar (TECP). Ainda, foram coletados os dados demográficos (idade e sexo), antropométricos (peso, altura e IMC), de função pulmonar (espirometria), genéticos (mutação genética) e as informações clínicas (insuficiência pancreática e colonização crônica por Pseudomonas aeruginosa). No final da consulta, foram realizados o teste de força muscular periférica e o questionário de atividade física. Por fim, foi registrado o total de dias de uso de antibióticos (oral e endovenoso) no período de um ano subsequente à avaliação do TECP. RESULTADOS: Foram avaliados 35 pacientes com diagnóstico de FC. De maneira geral, os dados de função pulmonar (% do previsto) encontraram-se dentro dos limites da normalidade, obtendo-se uma média de 83,1 de volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e de 90,4 de capacidade vital forçada (CVF). Somente 15 e 10 sujeitos apresentaram resultados de VEF1 e CVF abaixo da normalidade, respectivamente. Quanto ao TECP, a média do consumo máximo de oxigênio (VO2máx) (%) no limiar anaeróbio foi de 67,3, da frequência cardíaca (bpm) de 154,3 e da ventilação máxima (L/min) de 30,8. No pico do exercício, encontrou-se uma média de 90,2 de FCmáx (% da máxima prevista), de 1,1 para o coeficiente de troca respiratória e de 102,3 para o VO2máx (% do previsto), indicando ser um teste de desempenho máximo. Apenas 5 participantes apresentaram resultados de VO2máx abaixo da normalidade. Nenhum sujeito apresentou dessaturação durante e/ou após a realização do teste. Na avaliação da força muscular periférica (Kgf), encontrou-se uma média em torno dos 20, tanto para a força isométrica do bíceps, quanto do quadríceps. Já quanto ao questionário de atividade física, foram encontrados níveis habituais abaixo do recomendado, obtendo-se uma mediana de 30 e de 102,5 minutos para atividades moderadas e vigorosas, respectivamente. Destes, 10/24 foram classificados como inativos através desse instrumento. Embora não houve correlações do VEF1 (p=0,063) e do uso de antibioticoterapia com o VO2máx no pico do exercício, encontrou-se correlações fracas e significativas da CVF com o VO2máx no TECP. Da mesma forma, apesar de não haver correlações do VO2máx no pico do exercício com os dados de força muscular periférica, encontrou-se correlações moderadas e significativas do VO2 no limiar anaeróbio com a força isométrica do bíceps e quadríceps. Não foi encontrada correlação dessa variável com a força dos isquiotibiais. Por fim, os sujeitos com maior reserva ventilatória e menor frequência cardíaca de repouso não necessitaram do uso de antibiótico (ATB) um ano depois da realização do TECP. Não houve diferença significativa na comparação dos dados quanto ao VEF1. CONCLUSÃO: Os achados do estudo demonstraram correlações significativas do VO2 no limiar anaeróbico com os dados de força muscular periférica, mostrando que quanto maior é o nível de condicionamento físico, maior são os resultados de força muscular periférica. Constatou-se ainda que após um ano das avaliações propostas aqueles que possuíam frequência cardíaca de repouso mais baixa e maior reserva ventilatória no TECP não necessitaram de antibioticoterapia.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança}, note = {Escola de Medicina} }