@MASTERSTHESIS{ 2017:1047308555, title = {A nacionaliza??o do Gin?sio Teuto-Brasileiro Farroupilha : um complexo jogo de ades?es e resist?ncias (1937-1945)}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7624", abstract = "A presente disserta??o investiga a pol?tica de nacionaliza??o do ensino do per?odo estadonovista a partir do caso do Gin?sio Teuto-Brasileiro Farroupilha, institui??o privada de ensino fundada por imigrantes alem?es e descendentes no ano de 1886. Tratava-se de uma escola laica, que at? o advento do Estado Novo buscava preservar a l?ngua, a cultura e o ?esp?rito alem?o?. A partir do estabelecimento da pol?tica da nacionaliza??o do ensino, os ideais institucionais entraram em choque com do novo governo e para continuar em funcionamento a escola precisou provar que estava se nacionalizando. Nesse contexto, a escola teve duas vezes decretado seu fechamento, mas conseguiu sobreviver. Procuramos analisar quais as estrat?gias encontradas pela institui??o para sobreviver ao per?odo estadonovista por um lado comprovando para os ?rg?os governamentais que estava se nacionalizando, mas por outro encontrando estrat?gias de resist?ncia para n?o deixar totalmente de lado suas caracter?sticas germ?nicas. Considerando a escola e a campanha de nacionaliza??o como um campo tanto educacional quanto pol?tico, o estudo inscreve-se nos pressupostos te?rico-metodol?gicos da Hist?ria Cultural do Pol?tico, Hist?ria Conceitual do Pol?tico e Hist?ria da Educa??o. S?o enfatizadas as rela??es de poder e as formas como as pol?ticas estadonovistas s?o recebidas pela comunidade escolar. Deu-se destaque ao fen?meno da resist?ncia como conceito pol?tico historiogr?fico a partir das contribui??es de Vin?cius Liebel, Pierre Laborie, Denise Rollemberg, Jacques S?melin, Gene Sharp, Michel de Certeau, Michel Foucault e Pierre Ansart. Privilegiou-se a an?lise de dois tomos de correspond?ncia que re?nem mensagens trocadas entre as autoridades estaduais, federais e o col?gio, assim como cartas internas trocadas dentro do ambiente escolar. Como fontes suplementares, destacam-se relat?rios de inspe??o, correspond?ncias do conselho escolar, peri?dicos escolares, o livro memorial?stico da escola e entrevistas realizadas com ex-estudantes. A compara??o das correspond?ncias oficiais com a documenta??o interna da institui??o permitiu perceber que a institui??o n?o aceitou as determina??es governamentais de forma passiva, atravessando esse per?odo com uma postura amb?gua, por vezes aderindo, outras enfrentando o regime e algumas vezes resistindo. Assim, a escola se ?nacionalizou?, mas o processo tamb?m contou com t?ticas de resist?ncias, quest?o que merece destaque e que ainda ? pouco analisada na historiografia estadonovista. Consideramos a resist?ncia ? pol?tica de nacionaliza??o do ensino como uma microrresist?ncia do Estado Novo, pois apesar do esfor?o da escola em demonstrar ades?o ao novo regime, ela contribuiu para que ele n?o realizasse plenamente seus objetivos de homogeneizar a popula??o. Ainda que de forma discreta, elementos da cultura germ?nica continuaram sendo preservados e muitos de seus ex-alunos e descendentes cultivam a l?ngua germ?nica at? hoje. A an?lise do caso do Gin?sio Teuto-Brasileiro Farroupilha tamb?m permite compreender o processo de nacionaliza??o de maneira geral, considerando que a zona cinzenta, a repress?o e a constante vigil?ncia n?o foi uma prerrogativa exclusiva dessa institui??o.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Hist?ria}, note = {Escola de Humanidades} }