@PHDTHESIS{ 2017:1175188945, title = {Avaliação da utilização de Cateter Central de Inserção Periférica (PICC) para nutrição parenteral : estudo randomizado}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7465", abstract = "Introdução: O cateter central de inserção periférica (PICC) tem representado um imperativo na sobrevivência de recém-nascidos cada vez menores, por tornar possível a administração de nutrição parenteral (NP) e soluções concentradas em acesso profundo, por meio de um procedimento a beira do leito. Apesar de existir a recomendação de utilização de acesso exclusivo para infusão de NP, na perspectiva que as propriedades desta sejam preservadas evitando a interação com as demais soluções intra-venosas (IV), isso nem sempre ocorre na prática diária, devido a pouca disponibilidade de cateteres duplo lúmen neonatais e também pelo desconhecimento nesta área do conhecimento. Deste modo este estudo tem como objetivo principal comparar as taxas de infecção em recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) associadas ao uso de PICC mono lúmen, em relação ao duplo lúmen, sendo este último, uma via exclusiva para infusão de NP. Além disso, pretende: comparar a frequência dos germes isolados, a ocorrência de demais complicações, o tempo de permanência do PICC para a infusão de NP; determinar a frequência da necessidade de acessos periféricos (veno-punções além do PICC), e o tipo de complicação associada ao uso de cateter periférico, em relação ao PICC, nos recém-nascidos (RN) que utilizaram o cateter mono lúmen, em relação ao duplo lúmen. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico randomizado, comparativo, tendo como cenário de estudo a UTIN de um hospital universitário do interior do Estado do Rio Grande do Sul. Os sujeitos da pesquisa foram os RNs internados na UTIN que utilizaram PICC para infusão de NP e demais infusões IV no período de julho de 2014 a maio de 2016. Foram incluídos os RN da referida UTIN com prescrição de NP e indicação da inserção de PICC. Foram excluídos os RN que no momento da inserção do PICC tinham diagnóstico de sepse clínica ou laboratorial (critérios da ANVISA-2010), e/ou escore hematológico > 3; os RN nos quais o PICC não estava em localização central; RN com permanência de cateter umbilical; check-list do procedimento de inserção do PICC com pontuação inferior a 10 e aqueles em que não se obteve o consentimento dos pais ou responsáveis para a participação no estudo. As variáveis contínuas foram expressas como média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartil, e as categóricas em frequência absoluta e relativa. Foram utilizados os testes estatísticos: teste t-Student, teste de Mann-Whitney, Qui-quadrado e teste exato de Fisher. Para controle de fatores confundidores, a análise de Regressão de Poisson foi aplicada. Todos os testes foram considerados bidirecionais e as diferenças foram consideradas significativas com p < 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e registrado no site para registro de ensaios clínicos – REBEC. Resultados: Foram incluídos 156 RNs: 78 no grupo mono-lúmen e 78 no duplo-lúmen. Os RNs permaneceram cerca de 8 dias com nutrição parenteral (NP) e utilizaram o PICC por aproximadamente 10 dias nos grupos. Quase metade da amostra apresentou alguma complicação, sendo a suspeita de infecção a mais frequente. Houve um predomínio significativo de rompimento (p=0,001) e uma redução no índice de obstrução (0,008) no cateter mono-lúmen, quando comparado ao duplo. No grupo duplo-lúmen, houve uma retirada significativamente maior do cateter devido a suspeita de infecção somente por piora clínica, em comparação ao mono-lúmen. O germe mais frequente encontrado nas culturas foi o Staphylococcus Epidermidis. Cerca de 30% dos RNs apresentaram infecção clínica ou laboratorial relacionado ao cateter, apresentando como sintomas clínicos: hipoatividade ou letargia, seguido de desconforto respiratório e instabilidade hemodinâmica. Mesmo utilizando o PICC, muitos RNs necessitaram de cateter venoso periférico (CVP) concomitante, sendo essa necessidade maior no grupo mono-lúmen. Aproximadamente 75% da amostra que utilizou CVP apresentou complicações, sendo o edema, seguido da obstrução do cateter as mais frequentes. O baixo peso, a idade gestacional corrigida no momento da inserção do cateter e a necessidade do 2º PICC foram associados significativamente com a infecção comprovada. Conclusão: Conclui-se que não houve diferença quanto a ocorrência de infecção com o uso de cateter mono-lúmen ou duplo-lúmen, no período neonatal. Estes achados contrariam a hipótese de que os índices de infecção seriam menores infundindo a NP em via exclusiva.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança}, note = {Escola de Medicina} }