@MASTERSTHESIS{ 2017:1611919512, title = {Os múltiplos determinantes do reaprisionamento de mulheres}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7272", abstract = "A pesquisa aborda os múltiplos determinantes que influenciam no reaprisionamento de mulheres e teve a preocupação de situar o tema sob a ótica dos Direitos Humanos, mas, também, multidisciplinarmente, articulando as áreas do Direito e do Serviço Social. Como ponte entre essas áreas de conhecimento, foi utilizada a criminologia crítica, que ao contrário da criminologia tradicional, vai valorizar nas histórias dessas mulheres privadas de liberdade, seus esforços de luta, enfrentamentos, na busca para sobreviver, reconhecendo quais foram as experiências que lhes trouxeram para prisão e a razão das punições mais rigorosas, pelo fato de serem mulheres, selecionadas pela classe social, e, ainda, submetidas a “castigos” físicos e psicológicos, com o aval do Poder Judiciário, dentro da penitenciária. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, realizado na Penitenciária Feminina Madre Peletier em Porto Alegre, utilizando como técnicas de pesquisa entrevistas semiestruturadas com mulheres em situação de restrição de liberdade, entrevistas com as servidoras encarregadas em mantê-las, a observação participante da dinâmica prisional e análise de documentos, que teve por fontes a legislação nacional e internacional, bem como os discursos oficiais exarados nos documentos, decretos e resoluções do sistema punitivo. A pesquisa revela a realidade perversa vivenciada pelas mulheres reaprisionadas, o que impõe a necessidade de desconstrução desses dois sistemas – criminal e o penitenciário - que carregam as marcas tradicionais de seleção penal e da arbitrariedade, além de afrontarem os tratados internacionais firmados contra a tortura e também os de garantias de direitos humanos. Nessa perspectiva as mulheres partícipes do estudo são vistas nas suas especificidades e peculiaridades, considerando aspectos econômicos, estruturais, sociais e culturais de suas experiências de vida que as colocam em um ciclo de prisões, antes, durante e depois de passarem por situações concretas de encarceramento, eis que são prisioneiras, pelo fato de serem pobres, sofrendo todas as violências dessa situação. O estudo conclui que as mulheres reaprisionadas nascem aprisionadas pela própria vulnerabilidade social e suas consequências, face as suas relações familiares conflitivas, o enfrentamento da violência doméstica, a vivência de exclusão dentro da própria região onde residem, fazendo com que mesmo liberadas pelo sistema prisional, retornem a esse outro tipo de prisão, que são as condições precárias das suas vidas sociais, carregadas de opressões de gênero.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Escola de Humanidades} }