@MASTERSTHESIS{ 2017:2076141567, title = {Acumuladores de animais : caracterização do perfil psicopatológico}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7151", abstract = "Introdução: O transtorno de acumulação de animais é um fenômeno psicológico complexo com impactos significativos no funcionamento do indivíduo. Objetivos: O presente estudo deu origem a dois estudos, cada um com a sua proposta. O estudo 1 teve como objetivo caracterizar o perfil sociodemográfico de acumuladores de animais de uma cidade do sul do Brasil, e propor que o Transtorno de Acumulação de Animais se torne uma nova categoria nosológica. O estudo 2 buscou descrever os sintomas psicopatológicos comórbidos ao transtorno de acumulação de animais e verificar a associação entre as variáveis idade, sexo, estado civil, renda, quantidade de animais, tempo que acumula animais e a expressão de sintomas psicopatológicos. Método: A amostra final dos dois estudos foi composta por 33 indivíduos. A média de idade da amostra foi de 61,39 anos (DP = 12,69), e a média de escolaridade foi de 9,39 anos (DP = 4,40). A média de animais autorrelatada por residência foi 41,12 (± 24,41), totalizando 1357 animais, sendo 915 (68%) cães, 382 (28%) gatos e 50 (4%) patos. Para coleta de dados do estudo 1 foram utilizados uma ficha de dados sociodemográficos, uma entrevista semiestruturada e um relatório dos veterinários sobre o estado de saúde dos animais e saneamento do local. No estudo 2, uma ficha de dados sociodemográficos e uma entrevista clínica semiestruturada, baseada na Escala transversal de sintomas de nível 1 do DSM–5. Os dados foram organizados em um banco, criado no programa Statistical Package for the Social Sciences. Foram realizadas análises estatísticas, descritivas e associações através do Qui-quadrado. Resultado: O estudo 1 encontrou maior prevalência de mulheres (73%) e de idosos (64%) na amostra, corroborando os achados da literatura. Observaram-se diferenças significativas entre o transtorno de acumulação e o transtorno de acumulação de animais. Verificou-se que, ao contrário do que ocorre na acumulação de objetos, os animais acumulados não costumam obstruir os espaços dos domicílios. O processo de se desfazer ou de doar animais também se mostra distinto, já que há vínculo afetivo com vidas e não com objetos inanimados. Os resultados do estudo 2 mostraram como sintomas psicopatológicos, mais frequentes, comórbidos ao transtorno de acumulação de animais, sintomas de depressão (36%), mania (21%), obsessivo-compulsivo (18%), ansiedade (36%) e déficits de memória (27%). As análises de associações revelaram uma maior ocorrência de sintomas de mania, pânico, obsessivo-compulsivos e déficits de memória entre os participantes que acumulavam animais há mais de 20 anos. Conclusão: No estudo 1, critérios diagnósticos específicos para o Transtorno de Acumulação de Animais foram criados, propondo que o mesmo se torne uma nova categoria diagnóstica. Acredita-se que essa proposição pode despertar maior interesse, tanto de profissionais clínicos, como de pesquisadores, além de incentivar novas pesquisas interventivas para essa problemática. No estudo 2, concluiu-se que o transtorno de acumulação de animais apresenta, como comórbidos, sintomas depressivos, maníacos, obsessivo-compulsivos, de ansiedade e déficits de memória. Sugerem-se novas pesquisas sobre o tema para auxiliar na construção de protocolos específicos desta população, a fim de minimizar o sofrimento dos indivíduos e dos animais.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Escola de Humanidades} }