@PHDTHESIS{ 2016:1652104530, title = {A retórica do medo : uma análise neurolinguística da mídia}, year = {2016}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7000", abstract = "O presente estudo pretende estabelecer, de forma transversal e exploratória, interfaces entre alguns fundamentos teóricos da comunicação, do pensamento sistêmico, da neurociência e da linguística. Essa relação surge para avaliar como ocorre a eliciação de emoções a partir dos construtos simbólicos produzidos pelos meios de comunicação de massa, em especial os do jornalismo, bem como lançar luz sobre os possíveis efeitos na formação e ressignificação de crenças individuais e coletivas a partir deste processo. A partir da perspectiva sistêmica de que o complexo mente-corpo-linguagem forma um sistema único e indissociável, utilizou-se pressupostos teóricos de Bateson (1987), Chomsky (2005), Damásio (2000/2012), Ekman (2011), Krznaric (2015), Jung (1991/ 2001/ 2008/ 2011a/ 2011b), entre outros, para a elaboração de circuitos que explicam a função das emoções na ativação do processo empático por meio da linguagem. Pesquisas de campo junto a emissores e receptores de construtos simbólicos do jornalismo sugerem que existe uma predileção pela ativação do medo na elaboração de tais construtos, e que esta predileção impacta no humor, com efeitos de ressignificação no crençário coletivo. Dados quantitativos coletados em uma amostragem de pessoas submetidas ao consumo de notícias dos portais Zero Hora e Correio do Povo ao longo de 14 dias revelaram um aumento da vivência de emoções como o medo, a raiva e a tristeza, e uma diminuição da vivência da alegria. Ao mesmo tempo, tais dados demonstraram um aumento no grau de verdade para sentenças que representam crenças mais pessimistas em relação à sociedade. A pesquisa de campo também permitiu a elaboração de um corpus demonstrativo de construtos simbólicos para que, via análise de discurso, fossem identificadas estratégias retóricas específicas usadas para o acionamento do medo nos receptores. O cruzamento destes dados com entrevistas em profundidade realizadas junto aos construtores das notícias revelou, por fim, que tais fenômenos, bem como seus efeitos, muitas vezes ocorrem no campo da inconsciência, caracterizando uma transmissão de ideologia por condicionamento, na qual o jornalismo opera enquanto catalizador do que Bartolli Filho (2015) chama de “antropologia do terror”.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social}, note = {Faculdade de Comunicação Social} }