@MASTERSTHESIS{ 2016:649689058, title = {“A travesti chegou e te convida pra roubar” : representações sociais e sujeição criminal de travestis na mídia policial}, year = {2016}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6918", abstract = "Desde a popularização da categoria identitária “travesti” no interior do conhecimento científico e, posteriormente, no debate cotidiano do sujeito comum, vem sendo possível observar, no campo discursivo, a relação dessa identidade com noções mais gerais de marginalidade, violência, precariedade e o crime. No mesmo sentido, tem ocorrido na última década um agravamento das expressões de violência a que estão sujeitas as travestis no cenário brasileiro, resultado, em parte, do aprofundamento das desigualdades sociais e o avanço do Estado Penal como resposta às mazelas sociais e, em outra parte, do posicionamento conservador que vem tomando conta de modo cada vez mais generalista o pensamento do conjunto societário. Não por acaso, só no primeiro mês de 2016 foram registrados mais de 50 assassinatos de travestis e mulheres transexuais no Brasil, o que prova a fácil aproximação dessas pessoas com o crime. Junto ao assassinato dessa população se percebe a relação seletiva com o sistema penal e os sistemas policiais, que muito facilmente capturam-nas tendo em vista seus marcadores sociais. Essa captura se torna notícia nos mais diversos meios, mas é sobretudo no jornalismo policial que as vidas dessas travestis são retratadas, frequentemente criminalizadas e passíveis de julgamento e escárnio público. A presente dissertação busca compreender os discursos presentes nos quadros desses programas jornalísticos que trazem à tona as cenas da abordagem policial das travestis ou de suas presenças em delegacias de polícia, estabelecendo relações entre as representações sociais dessas travestis na mídia policial, a presença de sujeição criminal nas suas narrativas e a aproximação da criminologia e dos estudos de gênero, que serviram de aparato teórico à análise. O campo foi constituído de vídeos de uma amostra intencional dos programas jornalísticos com essa temática presentes no site de compartilhamentos YouTube. A metodologia da pesquisa foi essencialmente qualitativa e enfocou nas narrativas orais dos jornalistas e policiais entrevistados no decorrer das reportagens, mas privilegiando especialmente as narrativas das travestis. A análise de dados foi feita segundo técnica de Análise Textual Discursiva.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais}, note = {Faculdade de Direito} }