@MASTERSTHESIS{ 2016:446194704, title = {Características demográficas, epileptológicas e psiquiátricas associadas à coexistência de epilepsia e crises não epilépticas psicogênicas}, year = {2016}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6771", abstract = "Título: Características Demográficas, Epileptológicas e Psiquiátricas Associadas à Coexistência de Epilepsia e Crises Não Epilépticas Psicogênicas Introdução: Crise não epiléptica psicogênica (CNEP) é o principal diagnóstico diferencial em pacientes com epilepsia (CE), porém sua presença não exclui CE e vice-versa. Essa coexistência, cujo diagnóstico e tratamento são complexos, é uma comorbidade frequente, principalmente em pacientes com epilepsia considerada refratária ao tratamento. A suspeição e a confirmação desta coexistência reduzem os riscos envolvidos na omissão de qualquer um dos diagnósticos, reduzindo o impacto na vida pessoal e os custos em saúde. Objetivo: Investigar características demográficas, epidemiológicas e psiquiátricas sugestivas da coexistência de CE e CNEP que possam contribuir para a suspeição precoce. Material e métodos: Foram avaliados prospectivamente, pacientes acima de 16 anos, sequencialmente internados para monitorização através do vídeo-eletroencefalograma (V-EEG) de longa duração no período de março de 2014 a novembro de 2015, quanto às características demográficas, epileptológicas e psiquiátricas. Após a conclusão da investigação epileptológica, foi possível estabelecer um diagnóstico de certeza em 86 pacientes, divididos em 3 grupos: CE única, CNPE única, coexistência de CE e CNEP. Resultados: CNEP, foi diagnosticada em 29%(n=25) dos pacientes incluídos, e a coexistência foi encontrada em 52% destes (n=13). O relato de mais de um tipo de crise obtido através da anamnese, epilepsia de lobo temporal com descargas bilaterais ou multifocais e alterações inespecíficas da substância branca à RM, somado ao maior número de diagnósticos de transtornos psiquiátricos, incluindo transtorno somatoforme, TAB e história prévia de psicose, bem como elevados níveis de ansiedade e depressão durante a avaliação foram características sugestivas da associação de CE e CNEP comparado aos outros dois grupos. Conclusões: A alta prevalência da coexistência encontrada reforça a necessidade de investigar CNEP, principalmente em pacientes com CE confirmada, e naqueles considerados refratários ao tratamento com drogas antiepilépticas. Os achados eletroencefalográficos de alterações ictais e interictais temporais ou multifocais bilaterais foram relacionados à coexistência, e diferem de estudos anteriores. O conjunto da anamnese, focada nos principais aspectos epileptológicos, e a avaliação psiquiátrica, pode contribuir para a suspeição da coexistência. O relato de diferentes tipos de apresentação clinica das crises, somado ao diagnóstico de maior número de comorbidades psiquiátricas num mesmo individuo, destacando-se transtorno afetivo bipolar, transtorno de estresse pós-traumático e história pregressa de transtorno psicótico, associado a níveis mais elevados de ansiedade e depressão durante a internação são sugestivos da associação de CE e CNEP.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde}, note = {Faculdade de Medicina} }