@PHDTHESIS{ 2016:579957440, title = {Três ensaios em economia da saúde}, year = {2016}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6728", abstract = "Esta tese apresenta três ensaios independentes em Economia da Saúde. No primeiro, o objetivo é analisar as desigualdades e iniquidades relacionadas à renda dos cuidados em saúde das crianças na cidade de Pelotas, utilizando dados longitudinais dos acompanhamentos de 12 até 72 meses. A metodologia foi baseada em índices de concentração (IC) e suas decomposições. Os principais resultados mostraram que há desigualdades e iniquidades pró-rico para todos os casos analisados. As variáveis que mais contribuem para a desigualdade pró-rico do plano de saúde e dos gastos com plano de saúde são renda, índice de posse e educação das mães. Além dessas três variáveis, plano de saúde (pró-rico) e variáveis de saúde da criança (pró-pobre) têm forte contribuição no IC do uso de medicamentos e dos gastos com medicamentos. Observou-se ainda que, houve reduções na desigualdade e iniquidade no acompanhamento de 72 meses. Essa redução ocorreu com um maior ganho ou menor decréscimo para os mais pobres na variável de cuidados em saúde. O segundo ensaio analisa o impacto do Programa Saúde da Família (PSF) sobre a saúde das crianças (menores de 12 anos) da área rural do Brasil com base nos dados da PNAD (2008). Para tanto, foram utilizados os métodos Propensity Score Matching e Mínimos Quadrados Ordinários, aplicando análises de sensibilidade de Ichino et al. (2008) e Oster (2015). Os resultados indicaram que o PSF possui um impacto estatisticamente significativo e de magnitude elevada sobre a saúde das crianças da área rural do Brasil. Contudo, ele está concentrado nas regiões Norte e Nordeste, sendo não significativo no Centro-Sul do país. Na região Norte esse impacto independe da idade, enquanto na região Nordeste, ele é significativo para as menores faixas de idade. A análise de sensibilidade proposta por Ichino et al. (2008) indicou que os resultados são robustos para o Norte em todas as faixas, enquanto para região Nordeste a robustez ocorreu para as crianças entre 0 e 3 anos de idade. Na abordagem de Oster (2015), apenas os resultados da região Norte e das menores faixas de idade foram robustos. Por esses resultados, há confirmação da hipótese de que as crianças das regiões mais pobres da área rural são beneficiadas por esse tipo de política de cuidados em saúde. Por fim, o terceiro ensaio analisa a relação entre a demanda por importações de produtos farmoquímicos e farmacêuticos e variáveis econômicas (taxa de câmbio, preço das importações e renda agregada), no Brasil, fazendo uso de dados mensais do período 1997-2014. A regressões foram estimadas via Vetor de Correção de Erros (VEC). Os principais resultados mostraram que aumentos na renda agregada e reduções nos preços das importações têm impacto positivo e significativo, respectivamente de forma elástica e inelástica, sobre as importações. A taxa de câmbio foi significativa apenas no modelo mais agregado. Então, a renda agregada se mostrou uma variável bastante robusta e com forte impacto sobre as importações dos produtos farmoquímicos e farmacêuticos. Considerando os argumentos explicitados na literatura de que o déficit no comércio internacional dessa indústria se relaciona com déficit em conhecimento e tecnologia, somando aos resultados encontrados nesta tese, há indícios de que conforme o nível de atividade econômica cresce, ocorre uma maior demanda por esse tipo de produto, e, não havendo produção nacional suficiente, há a necessidade de importações, o que pode gerar pressões no déficit comercial desse segmento.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Economia do Desenvolvimento}, note = {Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia} }