@PHDTHESIS{ 2014:60977091, title = {As representa??es sociais da puni??o entre policiais civis, policiais militares e gestores penitenci?rios do estado do Rio Grande do Sul}, year = {2014}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/4961", abstract = "A presente pesquisa se insere como aporte no movimento de consolida??o do campo do saber sociol?gico, formulado por David Garland como Sociologia do Castigo. Ao buscar captar as representa??es sociais do castigo compartilhadas pelos estratos superiores de tr?s das institui??es que comp?em o campo do controle do crime do Estado do Rio Grande do Sul: os Delegados da Pol?cia Civil, os Coron?is e Tenentes-Coron?is da Brigada Militar e os Delegados e Administradores da SUSEPE, se pretende avaliar o quanto as altera??es ocorridas nos padr?es culturais acerca do crime, o criminoso e o castigo, coincidem com o que o soci?logo ingl?s denominou como nova experi?ncia com o complexo criminal da p?s-modernidade. Para tanto, foi recepcionada a Teoria das Representa??es Sociais, metodologia que possibilitou romper com as concep??es tradicionais que, por muito tempo, identificaram o castigo, como simples instrumento de poder, domina??o e disciplinamento. Longe de negar as fun??es coercitivas e disciplinadoras, a metodologia em quest?o d? ?nfase ?s dimens?es simb?licas do fen?meno social castigo, por muito tempo relegadas pelo pensamento culto. O instrumento de pesquisa,ao entrela?ar tr?s eixos essenciais o perfil socioprofissional do atores pesquisados; as representa??es sociais do castigo e da pena privativa de liberdade, e as concep??es de pol?tica criminal buscou interrogar os interlocutores da pesquisa sobre cren?as, impress?es e cr?ticas diante dos temas em quest?o. Nesta perspectiva, considerando as singularidades hist?rico-culturais da sociabilidade brasileira, tanto no que tange ?s profundas desigualdades econ?micas e sociais, como a incompletude da tarefa hist?rica de garantir o monop?lio estatal da viol?ncia leg?tima, e ainda, a reiterada experi?ncia com os regimes autorit?rios, esta abordagem teve por finalidade confrontar em que medida as tend?ncias apontadas por Garland, como constitutivas da reconfigura??o do campo do controle do crime, est?o presentes na realidade nacional, em especial, no campo do controle do crime. A interpreta??o do conte?do dos discursos demonstra uma mudan?a no sistema simb?lico que informa o castigo, assim como define os novos mecanismos para combat?-lo. Identifica-se, assim, no interior do campo do controle do crime, de um lado, a reafirma??o da fun??o social do castigo, voltada para garantir a unidade social e moral no interior de uma sociedade cada vez mais fraturada e desigual; e, de outro, o ceticismo frente ? efic?cia da pena de pris?o para combater a criminalidade e reabilitar o delinquente. Tais no??es contribu?ram tanto para soterrar os ideais ressocializadores, como para referendar uma maior interven??o do direito penal, essencialmente no tocante aos institutos da execu??o penal. Paralela a isto, se observa tamb?m uma abertura dos participantes da pesquisa frente ?s estrat?gias preventivas e de amplia??o da rede de controle e vigil?ncia, evidenciada no apoio ? maior utiliza??o das penas alternativas, a introdu??o do monitoramento eletr?nico e a utiliza??o de t?cnicas restaurativas de resolu??o de conflitos. Em que pese a pesquisa demonstre a preval?ncia das estrat?gias punitivistas, n?o h? como negar a ambiguidade que caracteriza o campo pesquisado, tendo em vista a sua alta permeabilidade, que possibilita tanto a recep??o de estrat?gias preventivas e restaurativas, como permite disputas entre os mais diferentes pontos de vista.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Ci?ncias Criminais}, note = {Faculdade de Direito} }