@PHDTHESIS{ 2007:1492894814, title = {Entre a indignação e a esperança : motivação, pautas de ação docente, orientação paradigmática na alfabetização de jovens e adultos/as}, year = {2007}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/3833", abstract = "Ao analisar criticamente a orientação paradigmática das concepções de motivação que permeiam as pautas de ação docente na alfabetização de jovens e adultos/as dos sujeitos participantes da pesquisa, este estudo investiga os fatores pessoais e contextuais inerentes à motivação para o ensino e a aprendizagem que entremeiam as pautas docentes dos/as professores/as alfabetizadores/as de jovens e adultos/as, identificando as contradições e as mediações, sugerindo estratégias e possibilidades pedagógicas para a formação destes/as professores/as. Esta pesquisa foi desenvolvida em uma abordagem qualitativa/descritiva/interpretativa/explica - tiva/compreensiva, utilizando como pontos de referência para análise e interpretação da realidade os sete princípios organizadores do conhecimento (MORIN, 2000, 2001). As informações da realidade foram coletadas através de filmagens em cinco diferentes espaços educacionais, sendo três aulas de cada professor/a. Para servir como base desta análise, foi elaborado um instrumento Pautas de ação docente, motivação e alfabetização (ALONSO TAPIA, SCHWARTZ, 2005). Este instrumento foi realizado com base na fundamentaçao teórica construída sobre como se ensina/aprende a ler e a escrever jovens e adultos/as e sobre motivação, sobre fatores pessoais, contextuais e específicos inerentes à prática pedagógica alfabetizadora com potencial determinante para a construção do clima motivacional propício para o ensino e a aprendizagem. Da análise e interpretação das emergências do estudo, à luz do referencial teórico de Alonso Tapia, Covington, Huertas, Ferreiro, Freire, Morin, entre outros, é possível evidenciar que as orientações paradigmáticas das concepções de motivação que permeiam as pautas de ação docente na alfabetização de jovens e adultos/as inscrevem-se em uma perspectiva simplificadora. Os/as professores/as investigados/as priorizam, no planejamento de suas pautas de ações docentes, qual atividade realizar (o que fazer) em detrimento do para quem, do para que, do por que e do como. Priorizam o ensino e a aprendizagem do código alfabético e as questões relacionadas à ortografia correta em vez das questões conceituais relacionadas à alfabetização como representação da linguagem, seus usos, sua estrutura de funcionamento, demonstrando, assim, enfatizar a lógica do conteúdo e não a da aprendizagem. Além disso, contraditoriamente, alguns/as percebem como necessário oportunizar uma leitura de mundo em suas salas de aula, mas sem articular esta com a leitura da palavra. Estes/as professores/as não evidenciam preocupação com o modo de iniciar suas aulas de maneiras diferentes, o que propiciaria o despertar e a manutenção da curiosidade, do interesse e o resgate do conhecimento prévio de seus/as alunos/as. Não desenvolvem estratégias de explicitação da valorização da presença dos sujeitos em aula, nem de potencializar a interação entre eles, evidenciando uma concepção de ensino e de aprendizagem com base no Paradigma da Simplicidade, percebendo ensinar como o fornecimento de respostas prontas sem enfatizar a (re)construção de pensamento crítico reflexivo sobre os diferentes usos e funções da linguagem escrita. Estas atitudes, dentre outras, evidenciam como não prioridades, nas pautas de ações docentes, os fatores contextuais e pessoais que contribuem para o clima motivacional propício para o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita. O que encaminhou para a percepção que, nos cursos de formação de professores/as, não parece ser suficiente oportunizar reflexões/construções/aprendizagens específicas sobre os objetos do conhecimento que ensinam/aprendem, sobre diferentes maneiras de proceder ou sobre concepções gerais em relação à escola, à educação, ao ensino, à aprendizagem, ao sujeito e à sociedade. Estas são questões importantes que precisam ser abordadas, mas, além delas, é preciso que sejam (re)construídas atitudes de cultivo da reflexão crítica sobre as pautas de ações docentes, antes, durante e após a ação. Estas atitudes precisam ser valorizadas, sistematizadas, reformuladas, quando necessário for, sendo percebidas como indispensáveis aos processos de ensino e de aprendizagem. O/a professor/a precisa (re)construir, interpretar, traduzir o conhecimento cientificamente construído, especialmente sobre como se ensina, como se aprende a ler e a escrever compreensivamente e, também, construir sentimento subjetivo que se situe na interseção da indignação com a realidade atual da alfabetização de jovens e adultos/as e a esperança de poder contribuir para modificar este quadro, percebendo como possível e necessário que todos/as aprendam a ler, a escrever compreensivamente e que desfrutem dos diferentes usos e funções da leitura e da escrita, possibilitando que, tanto alunos/as quanto professores/as, reflitam criticamente sobre a realidade, encaminhando mudanças qualitativas em suas vidas, quando essa assim o demandar.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Faculdade de Educaç} }