@PHDTHESIS{ 2010:920057318, title = {Constelação vital : da vida excitada à vida incitada um ensaio sobre o pensamento de Theodor W. Adorno}, year = {2010}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2842", abstract = "Este estudo revisita Adorno desde o prisma do sentido de seu pensamento. A referência principal é sua obra Minima moralia, um conjunto de 153 aforismos escritos entre os anos de 1944 e 1947. A relevância filosófica da referida obra apresenta como característica marcante o fato de ser contrária à euforia. Por esse motivo, Nietzsche é criticado como representante de uma mensagem excessivamente confiante com sua noção de ciência alegre. Em contrapartida, Adorno pauta sua crítica desde uma triste ciência. Para tal, Adorno desmembra a potencialidade dialética do pensamento como dimensão humana por excelência, a qual distingue homem de natureza, homem de Deus. A prerrogativa inadiável é de que o mundo humano tem de ser construído desde o sentido humano, ou seja, desde a consciência do uso da razão. Assim, é observado que a razão instrumental descaracteriza o humano e, por isso, ela produz o inumano. Rompendo com o uso instrumental da razão, Adorno busca uma produção cuja práxis esteja comprometida com a viabilização racional do desenvolvimento humano. Por isso, o trabalho intelectual combina apenas com a decepção. Nesse sentido, determinada sociologia do trabalho é necessariamente questionada por Adorno. A produção humana ter de ser reavaliada, na medida em que se mostra capaz de estabelecer uma vida deformada, através de uma falsa humanização oriunda do pensamento administrado. Adorno identifica a estupidez [Dummheit] como experimento de inibição intelectual, que provoca uma cultura semiformada [Halbbildung], a qual constitui uma crítica extremamente fraca ao contexto da falsa humanização. Explorando o caráter exclusivista da subjetividade moderna, o aparelho publicitário projeta falsas imagens para o sempre idêntico. A produção humana se envolve nessa essência adulterada [Unwesen]. Um modelo de produção trabalho intelectual [Kopfarbeit] que sai desse laço é o ensaio, o qual luta conscientemente contra o método cartesiano do conhecimento. O paradigma da redenção [Erlösung] se apresenta para Adorno na 7 tentativa de restabelecer a dimensão consciente do pensamento: o ser humano que não destrói seu sentido. Por essa razão, a filosofia pode ultrapassar o aspecto utópico, a própria negatividade, tendo como argumento a urgência do pensamento consciente. A tese aqui defendida é a seguinte: a história somente se humaniza através de uma práxis verdadeiramente delicada em contraponto com a potência dialética do pensamento.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas} }