@MASTERSTHESIS{ 2012:1249626785, title = {Emergência psiquiátrica no hospital geral : prevalência do uso de benzodiazepínicos em idosos e não idosos e suas associações}, year = {2012}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2667", abstract = "O processo de envelhecimento é um fenômeno mundial que ocorre de forma mais acelerada em países em desenvolvimento com é o caso do Brasil. Mesmo que os efeitos do envelhecimento populacional não tenham sido adequadamente medidos nos setores de emergência, é reconhecido na literatura que a faixa etária idosa tem maiores chances de necessitar de cuidados de saúde e de utilizar várias medicações, entre estas, as psicotrópicas. Este panorama é mais acentuado quando tais indivíduos têm a sua saúde mental comprometida. A literatura científica aponta que a alta prevalência do uso de psicotrópicos em idosos é decorrente da prescrição inapropriada e da indicação não médica combinados à tendência à cronicidade, abuso ou dependência relacionada a subgrupos destes medicamentos, neste caso, destacando-se a classe dos benzodiazepínicos. O presente trabalho objetivou estudar a prevalência e as características mais associadas ao uso atual de benzodiazepínicos em uma amostra de pacientes avaliados pela consultoria psiquiátrica em um setting de emergência. Os resultados evidenciaram frequências muito altas de uso de benzodiazepínicos entre os pacientes idosos. Outro resultado relevante mostrou que os benzodiazepínicos foram a classe de psicotrópicos mais comumente indicada pelos psiquiatras de plantão. Na amostra total (N:1113), pouco mais da metade dos idosos (≥65 anos), 44,0% da faixa etária de meia-idade (45-64 anos) e 33,6% dos adultos mais jovens (18-44 anos) eram usuários regulares de benzodiazepínicos (p<0,001). Utilizando a regressão de Poisson com estimativa de Razões de Prevalência (RP), o uso de benzodiazepínicos mostrou-se independentemente associado com o aumento da idade: RP=1,261 para o grupo 35-49 anos (p=0,024), RP=1,400 para o grupo 50-64 anos (p=0.007), RP=1,699 para o grupo 65-79 anos (p<0,001); para o grupo ≥80 anos a RP de 1,343 não alcançou significância estatística (p=0,387). Outras relevantes associações independentes foram encontradas para transtorno de personalidade (RP=1,465, p=0,004), presença de comorbidade médica não psiquiátrica (PR=1,290, p =0,006) e risco de suicídio (RP=1,200, p=0,032). Deve-se ressaltar que tais evidências devem ser reproduzidas e aprofundadas em outros serviços de emergência em Hospitais gerais, emergências psiquiátricas e setores de admissão considerando que esses fatores não justificam o uso dessa classe de psicotrópicos. A alta prevalência do uso de benzodiazepínicos em contexto de emergência detectada no presente trabalho é preocupante, especialmente no caso de indivíduos idosos, já que setores de emergência de Hospitais gerais prestam um serviço de saúde essencial à população e, por vezes, são a primeira oportunidade de acesso à assistência em saúde mental para um número considerável de indivíduos. Mais estudos com análises controladas devem ser conduzidos em amostras de emergência, já que trabalhos que produzem resultados de associação robustos neste contexto são raros, mas fundamentais para o desenvolvimento do conhecimento na área da medicina de emergência.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica}, note = {Instituto de Geriatria e Gerontologia} }