@MASTERSTHESIS{ 2012:100037691, title = {Estudo sobre a inibição da oviposição em Angiostrongylus cantonensis mediada por agonista e antagonista da serotonina}, year = {2012}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/239", abstract = "O gênero Angiostrongylus engloba duas espécies A. cantonensis e A. costaricensis, que podem infectar o ser humano e causar infecções conhecidas como meningite eosinofílica e angiostrongilíase abdominal, respectivamente. Na infecção por A. costaricensis, ovos e larvas são elementos centrais nas reações inflamatórias podendo haver o agravamento dessas lesões, pela morte dos vermes. Os anti-helmínticos atualmente disponíveis, atuam em vias metabólicas essenciais ao parasito, culminando com a morte dos vermes. Portanto, uma droga alternativa para o tratamento das angiostrongilíases, que atue principalmente na reprodução dos vermes, se torna necessária. Um estudo in vitro realizado com Schistosoma mansoni demonstrou a inibição da oviposição pela fenantrolina. Em outro estudo com Caenorhabditis elegans foi demonstrado que a serotonina estimula o aumento da taxa de ovos liberados pela fêmea do nematódeo, além de controlar a alteração do seu estado de postura (repouso e ativação). A serotonina é um neurotransmissor presente tanto em vertebrados como em invertebrados. Com o objetivo de testar o efeito na oviposição de Angiostrongylus cantonensis, duas substâncias que interferem na neurotransmissão da serotonina em humanos, Buspirona e Pizotifeno, foram utilizadas em modelo experimental in vivo. 28 roedores da espécie Rattus norvegicus foram divididos em 3 grupos e infectados com 100 L3 de A. cantonensis: um grupo controle (não tratado) e 2 grupos tratados com cada substância. As substâncias foram administradas a partir do momento em que todos os roedores iniciaram a larvipostura, uma vez ao dia por via oral, durante 10 dias, numa concentração de 0,03 mg/mL cada. Neste período as fezes dos roedores foram recolhidas diariamente para a contagem do número de L1 eliminadas e, após os 10 dias, os animais foram eutanasiados para coleta dos vermes. A média de larvas eliminadas nas fezes para o grupo controle foi 37.934, para o grupo Buspirona 10.658 e para o grupo Pizotifeno 6.658. Os vermes foram contados e separados pelo sexo: no grupo controle foram obtidas 59 fêmeas e 40 machos; no grupo Buspirona foram encontradas 86 fêmeas e 41 machos e no grupo Pizotifeno 83 fêmeas e 64 machos. A comparação dos dados dos grupos experimentais e do controle foram analisadas estatisticamente pelo teste ANOVA e nenhuma diferença significativa foi verificada. As fêmeas foram medidas através de uma ocular milimetrada instalada em um estereomicroscópio. A análise foi feita também pelo teste ANOVA e resultou numa diferença significativa entre o grupo controle e o Pizotifeno, no qual teve um tamanho médio de 18 mm, em comparação com o tamanho médio do controle de 19 mm, indicando que o Pizotifeno poderia ter algum efeito no desenvolvimento dos nematódeos, porém não afetando a reprodução. Estes resultados indicam que para a procura de drogas alternativas, que atuem na oviposição, é necessário uma melhor compreensão das vias reguladoras do sistema reprodutivo dos organismos parasitos.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Zoologia}, note = {Faculdade de Biociências} }