@PHDTHESIS{ 2014:973919361, title = {A violência no discurso do adolescente : uma abordagem cognitiva}, year = {2014}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2147", abstract = "O interesse norteador desta tese foi entender como o conceito VIOLÊNCIA emerge no discurso de adolescentes de diferentes grupos sociais da região urbana de Porto Alegre. O objetivo geral foi investigar, no âmbito da Linguística Cognitiva (LC), especificamente da Semântica Cognitiva (SC), quais processos e estruturas estão implicados na categorização de VIOLÊNCIA-verificando a aplicabilidade da Teoria dos ModelosCognitivos Idealizados. Tal estudo foi feito a partir da análise de questionários respondidos e de textos produzidos por adolescentes da zona urbana de Porto Alegre, que por questões de interesse especifico foram separados em doisgrupos: 1)adolescentes, sem histórico de vivências violentas, moradores de zona nobre, que estudam em escola privada, de zona central da cidade, com mensalidade de alto custoe sem registro de problemas relacionados à violência; e2) adolescentes vitimizados (vítimas, viventes, observadores, participantes de situações envolvendo violência social, urbana efamiliar), estudantes de escola pública localizada em uma região dominada pela guerra do tráfico de drogas. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética, sob a inscrição número16732913.7.0000.5336, e autorizada pelos responsáveis legais dos adolescentes participantes. O objetivo geral desdobrou-se em objetivos específicos: A) identificar e analisar a estrutura da categoria VIOLÊNCIA em termos de rede conceitual, mapeamentos metafóricos e metonímicos de adolescentes pesquisados; B) comparar se há diferença na forma de estrutura da categoria VIOLÊNCIA e de sua gradação conceitual entre os grupos de adolescentes pesquisados, para analisar se há relação entre o meio social e cultural e os conceitoselaborados sociocognitivamente. As hipóteses que guiaram essa pesquisa foram: A) A estrutura cognitiva e a gradação do conceito VIOLÊNCIA diferem entre os grupos selecionados; B) Aspectos sociais e culturais influenciam na categorização da VIOLÊNCIA; e C) A Teoria dos Modelos Cognitivos numa situação contextual como a descrita na tese se justifica por causa de sua relação com cultura e cognição, evidenciando, com isso, mais uma vez, seu caráter aplicativo em experiências sócio-culturais. A partir da análise do corpus verificou-se que há um distanciamento dos adolescentes do primeiro grupo em relação ao conceito em estudo. Tais jovens quando estruturaram linguisticamente VIOLÊNCIA utilizaram como elemento estruturante FORÇA, relacionando-o às experiências de âmbito global, como guerras, assaltos, brigas. Já o segundo grupo de adolescentes demonstrou mais envolvimento emocional-resultante de experiências corpóreas-ao expressar linguisticamente VIOLÊNCIA. Percebeu-se em seus relatos que o elemento estruturante também foi FORÇA, mas que o foco de análise esteve mais relacionado ao DANO FÍSICO e ao DANO PSIQUICO-EMOCIONAL-MORAL, na medida em que os cenários descritos como exemplos típicos de VIOLÊNCIA foram cenários vivenciados pelos jovens selecionados. O frame VIOLÊNCIA DOMÉSTICA foi predominante em seus relatos, mostrando com isso que o conceito é pensado não somente no âmbito global do fenômeno, mas, principalmente, no âmbito interpessoal. Comprovou-se, portanto, que há diferença na conceptualização de VIOLÊNCIA, na medida em que as experiências corpóreas interferem na forma de estruturar um conceito. Assim, concluímos que a expressão linguística de um conceito perpassa pelas vivências e que, portanto, a Teoria dos Modelos Cognitivos Idealizados é útil parapesquisas de cunho experimental, envolvendo cognição, sociedade e cultura.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }