@MASTERSTHESIS{ 2013:52525467, title = {Estudo experimental em ratos submetidos à injeção intravascular de polimetilmetacrilato: avaliação clínica e da toxicidade sistêmica}, year = {2013}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1208", abstract = "Os materiais de preenchimento dermatológicos tem sido amplamente utilizados na região da face, com finalidade de reparo estético ou funcional. O uso inadvertido desses produtos pode promover efeitos adversos variados envolvendo, muitas vezes, a área anatômica de atuação do cirurgião-dentista. Ocasionalmente as complicações presentes sugerem um diagnóstico clínico incorreto, uma vez que podem simular outras patologias. Estes produtos são distintos e apresentam-se de formas variadas, podendo ter na sua composição, por exemplo, fragmentos biológicos, suspensões de partículas ou microesferas. A técnica de implantação tecidual e os resultados possíveis são específicos para cada tipo de material. Quando inseridos nos planos tissulares ou de forma acidental, no interior dos vasos sanguíneos, podem favorecer respectivamente a migração local e/ou sistêmica da substância. O polimetilmetacrilato (PMMA) é um dos materiais de preenchimento estético de maior emprego no Brasil, sendo francamente utilizado na região facial e perioral. O seu baixo custo, duração permanente nos tecidos, além da fácil técnica de aplicação, favorecem esta escolha. O objetivo desta pesquisa foi verificar em modelo murino a presença de reação local e toxicidade sistêmica, causadas pela injeção intravascular de PMMA em duas concentrações extremas regularmente utilizadas nos pacientes (2 e 30%). Os animais foram divididos randomicamente em 3 grupos contendo 10 animais cada (PMMA 2%, PMMA 30% e controle) e 2 tempos de observação (7 e 90 dias). O material (0,05mL) foi aplicado na veia ranina do lado direito, localizada no ventre lingual. Durante a avaliação clínica realizada nos respectivos tempos do estudo, não foram observadas lesões na área da língua onde o produto foi aplicado. Na análise microscópica dos órgãos distantes (fígado, pulmão e rim direito) não foi constatada a presença de microesferas do produto ou inflamação. Os resultados da análise sérica dos níveis de aspartato aminotransferase (AST) e creatinina entre os grupos não demonstraram diferença estatisticamente significativa nos tempos do estudo. Aos 90 dias do experimento, o grupo 2 (PMMA 30%) apresentou níveis mais elevados de alanina aminotransferase (ALT) quando comparado aos demais grupos. Podemos constatar que na sua maior concentração, o PMMA induziu alteração estatisticamente significativa (P = 0.047) nos níveis de ALT quando comparado com o grupo controle ao longo do tempo. A análise da variação do peso dos órgãos não demonstrou que as mudanças verificadas estavam relacionadas a sinais de toxicidade oriundos do PMMA. Frente aos inúmeros relatos de efeitos adversos decorrentes de injeções de PMMA no terço inferior da face, principalmente em região nasolabial, é de suma importância que os cirurgiões-dentistas estejam aptos a identificar e manejar suas possíveis complicações. A deficiência de informações científicas sobre eventuais manifestações locais e sistêmicas relacionadas a utilização de produtos de preenchimento estético facial contendo PMMA motivou a realização desta pesquisa e deverá estimular outros estudos favorecendo uma melhor compreensão sobre o tema. Os resultados obtidos neste estudo não confirmam que os preenchedores faciais contendo PMMA possuam potencial efeito tóxico, nas concentrações utilizadas.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Odontologia}, note = {Faculdade de Odontologia} }