@PHDTHESIS{ 2023:1631474253, title = {Dívida e dinheiro na teoria do capitalismo e do estado em e a partir de Dleuze & Guattari : dinheiro contra o capital}, year = {2023}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/11009", abstract = "Nesta tese, propomos uma reproblematização do dinheiro que o retire da posição de dado natural em que muitas vezes é colocado. Contra a imagem dogmática do dinheiro, que o concebe como uma mercadoria, coisa ou simples meio de troca, afirmamos que ele é uma forma de dívida, instituída fiduciária, relacional e socialmente, sendo atravessada por processos de subjetivação e investimentos libidinais, além de forças ativas e reativas, poderes e potências. Essa reconstrução da problemática do dinheiro é feita através da obra de Deleuze & Guattari, enquadrando-os em genealogia marxista-spinozista e aceleracionista, bem como aproximando-os do neo-cartalismo. Fazemos recurso sobretudo à teoria monetária ou à filosofia do dinheiro por eles produzida, que é explicada e explorada ao longo de nosso texto. Para tanto, passamos pelo papel do dinheiro e da dívida na “história universal da contingência”: pelas máquinas territorial, despótica e capitalista, além do papel que tem nela a máquina de guerra e o aparelho de Estado/captura. Na máquina territorial encontramos dívidas finitas e o que chamamos de contra-dinheiro, enquanto na máquina despótica (no Estado arcaico), também chamada de formação tributária, encontramos o dinheiro propriamente dito, unidade de conta imposta pelo Estado via tributo, o que será herdado de maneira transformada com o capitalismo, no qual o dinheiro se torna essencialmente descodificado e descodificante. O dinheiro, na medida em que é tempo, se torna modernamente o próprio campo transcendental no qual se dá a subjetivação. Entretanto, o dinheiro é distribuído desigualmente entre ricos e pobres, credores e devedores, capitalistas e proletários, maiorias e minorias. Esses antagonismos são determinadas pela dualidade do dinheiro, contribuição fundamental da teoria do dinheiro de Deleuze & Guattari: no capitalismo, há um fluxo de dinheiro dito de financiamento, que tem poder de definição dos possíveis e do porvir, através do controle sobre o trabalho e o desejo alheios, enquanto há outro fluxo monetário, subordinado ao primeiro, que é o de dinheiro de meio de pagamento, meio de troca, mercadoria. O dinheiro do primeiro fluxo é potente, enquanto o do segundo é impotente. Essa dualidade do dinheiro sobredetermina a teoria do mais-valor e a exploração e extração de valor, seja no salário fordista, seja no endividamento de massas neoliberal. Entretanto, propomos uma reinstitucionalização do dinheiro e da relação monetária que seja comunizante, um dinheiro do comum, capaz de inverter a dívida infinita para com o capital em um crédito infinito na direção do comum.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Escola de Humanidades} }