@MASTERSTHESIS{ 2023:913608670, title = {Onde dois horizontes se encontram: a dessacralização da violência no teatro de Eurípides e de Sérgio Roveri}, year = {2023}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10812", abstract = "Presente nas narrativas míticas muito antes de Eurípides escrever sua tragédia, o mito de Medeia foi alvo de muitas releituras ao longo da história ocidental. Mas, até onde sabemos, foi Eurípides o primeiro a imputar a Medeia o crime de filicídio motivado pela vingança. No texto escrito pelo poeta grego, ela é uma mulher perversa, que se deixa levar pelo desejo vingativo ao se descobrir atraiçoada pelo marido. A partir disso, a violência e o crime de filicídio são evocados sempre que se fala em seu nome. A peça teatral Medeia: 1 verbo, escrita pelo dramaturgo brasileiro Sérgio Roveri, publicada no ano de 2014, também toca nos temas da violência e do filicídio. Mas Roveri, ao fazer uma releitura da tragédia euripidiana, traz um novo olhar sobre essa personagem. Ele fala a partir do mundo contemporâneo e, por isso, cria um texto bastante distinto da Medeia de Eurípides. Entretanto, é possível identificar, certamente, as aproximações entre as peças. Considerando conceitos desenvolvidos por Jauss, um dos teóricos da estética da recepção, buscaremos compreender como o dramaturgo brasileiro reatualiza a tragédia de Eurípedes ao compor sua peça. Ainda, uma vez que a violência é tematizada em ambos os textos, recorreremos a René Girard, autor que estudou o fenômeno da violência ao longo da história humana. A partir de seus estudos, discorreremos sobre os horizontes de expectativas a partir dos quais Eurípides e Roveri criaram seus textos. Para nossa investigação, também nos apoiaremos em textos de cunho teórico-crítico e histórico-social, de autores como Kitto, Jaeger, Hauser, Baumgarten, Brandão, Rosenfeld, Szondi, etc.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Escola de Humanidades} }