@PHDTHESIS{ 2022:1485050126, title = {A racialização como estruturante da questão social : entre silêncios e insurgências na produção de conhecimento em serviço social}, year = {2022}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10518", abstract = "Esta tese se debruçou sobre a produção do conhecimento do Serviço Social acerca da racialização do capital e a apreensão desta angulação analítica na abordagem da questão social no Brasil, com a pretensão de adensar o debate da questão social que considere as particularidades da formação sócio-histórica brasileira, visando contribuir para as estratégias de superação das opressões raciais, de classe e gênero. O objetivo principal foi analisar até que ponto a angulação analítica da racialização do capitalismo contribui para a abordagem da questão social na produção de conhecimento em serviço social. Os pressupostos teóricos da teoria social crítica que ancoram a pesquisa valeram-se das contribuições do pensamento feminista negro em diálogo com a teoria marxista, que orienta ética e politicamente o projeto de exercício da categoria dos assistentes sociais. Para tanto, foi feita pesquisa documental e bibliográfica. Visou-se compreender as particularidades da conformação da questão social na realidade brasileira a partir da identificação das angulações analíticas com as quais a questão social vem sendo apreendida e problematizada pelo Serviço Social no Brasil, e como a questão da racialização vem se conectando à classe na sua apreensão. O corpus da análise foi composto por artigos veiculados em periódicos indexados a Scielo e Portal de Periódicos da Capes qualificados como qualis A1 e A2 na área. Utilizou-se a análise textual discursiva de Roque Moraes para apreender os discursos, interditos e sentidos atribuídos nos textos do corpus de análise. Os textos indicaram uma baixa circulação das pesquisas realizadas sobre relações étnico-raciais, raça e racismo nos principais periódicos da área, com uma concentração maior de publicações entre os anos de 2020 e 2021, que concentraram 43 do total de 51 artigos publicados nos últimos cinco anos. No ano de 2017, apenas 2 artigos foram publicados e, no ano de 2019, nenhuma publicação. Outra questão evidente, é que se pode inferir que o real – seja através da rica produção sobre a temática em teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso que têm despontado na última década, seja pela agudização da violência do racismo antinegro no Brasil – se impôs de maneira incontornável, forçando os periódicos a abarcar a temática, ao propor dossiês especiais sobre o tema. Foi o que um periódico fez no ano de 2020, publicando 32 artigos sobre a temática. Da análise realizada pode-se concluir que esta discussão não tem centralidade na produção cientifica que é socializada nos principais periódicos da área. Conclui-se que sequer a transversalidade proposta nas diretrizes da ABEPSS é operacionalizada. Portanto, com esta tese pretende-se, contribuir para a ampliação do debate da área sobre a questão social, adensando o referencial teórico crítico sobre a abordagem das desigualdades e resistências, tendo a raça enquanto base estruturante da questão social na particularidade brasileira.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Escola de Humanidades} }