@PHDTHESIS{ 2022:1690334088, title = {Conservadorismo e democracia : pactos de razoabilidade}, year = {2022}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10231", abstract = "Este trabalho discute, de forma preponderante, qual tipo de mentalidade operaria melhor um regime de natureza democrática, uma vez que, muito se fala em democracia, no entanto, boa parte das vezes, o discurso pode soar deveras amorfo. O objetivo deste texto, porém, é defender a linha de pensamento que vai na seguinte direção: nos parece razoável pensar que aquela que melhor contribui para a defesa, manutenção e aprimoramento do regime denominado democracia, seja a mentalidade ou predisposição conservadora. A ideia fortemente aprofundada aqui tomará como ponto de partida, o conservadorismo clássico que decorre da obra central de Edmund Burke, Reflexões sobre a Revolução na França, onde este critica severamente a destruição brutal e irrefletida de instituições na França do século XVIII, em troca de uma inovação completa que não se podia estimar corretamente ao que poderia conduzir as pessoas e a nação. A mentalidade conservadora trará, sem rodeios, aspectos seriamente cruciais, ao que parece, àquilo que positiva e razoavelmente mostra-se eficiente na boa condução do regime democrático. Esse ponto de partida mostrar-se-á um adequado fio condutor ao que se seguirá, com relevantes pensadores como T. S. Eliot, Michael Oakeshott e Russel Kirk. Temas fundamentais como: natureza humana, Estado, contrato social, imaginação moral, racionalismo político, ceticismo moral e político e cultura serão desenvolvidos nos pensadores que integram a mentalidade conservadora desde o seu surgimento com Burke até hoje. No entanto, vale ressaltar que, temas relacionados às formas de configuração da democracia serão discutidos, com a intenção de estabelecer relações de eficiência ou não com respeito ao correto e incorreto, adequado e inadequado operar do sistema democrático, uma vez que alguns formatos de democracia têm sido tentados desde o seu ressurgimento em meados do século XIX e, não parece ser o caso que qualquer desses modelos tenha obtido o êxito desejado, tanto por seus entusiastas, como por parte de seus críticos. Conservadorismo e Democracia serão lidos, assim, na esteira do que nos propusemos aqui a chamar de Pactos de Razoabilidade, os quais podem ser compreendidos como sendo aqueles terrenos comuns, em que, independentemente do lado político que se possa estar, ou, sequer haja apreço mútuo entre os indivíduos, deveríamos pactuar de maneira comum, sem que para isso fosse necessária a promoção de lutas político-ideológicas constantes. Portanto, esta tese buscará, por meio de um levantamento adequado, investigar elementos nos pensadores conservadores que integram este texto, aquelas características centrais que esboçam, mesmo que em linhas gerais, propostas de pactos de razoabilidade, com o intento de se estabelecer uma sociedade em que, apesar dos conflitos e divergências entre os indivíduos, hajam pactos ou contratos comuns que ninguém deseje quebrar, ou, que todos entendam ser de suma importância observar com reverência e respeito.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Escola de Humanidades} }