@MASTERSTHESIS{ 2022:2112403739, title = {O sacrificio enquanto arquétipo em "Ao Farol", a partir do mito de ifigênia}, year = {2022}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10111", abstract = "O presente trabalho visa compreender a presença do arquétipo da mulher imolada em Ao farol, de Virginia Woolf, a partir da atualização da representação do sacrifício levando em consideração o mito de Ifigênia, representado pela literatura nas obras de Eurípedes, Jean Racine e Johann Wolfgang von Goethe. O simbolismo do sacrifício fica a cargo de muitas similaridades: a presença de mães e filhas na narrativa mítica e no romance woolfiano, bem como o clima de instabilidade social causado pela Guerra de Troia e a transição da Era Vitoriana para a Primeira Guerra Mundial. Para realizar tais inferências, estreitam-se as relações entre literatura e psicanálise. Foram utilizados os autores Bayard (2004), Durand (1993, 1996, 1997), Eliade (2016), Freud (2011, 2018), Frye (1973), Jabouille et al. (1993), Jung (1978, 1991, 2000, 2001, 2014), Leader (1996), Mielitinsky (1987), Monfradini (2005), Reis (2013) e Ruthven (2010). Ao falarmos dos arquétipos e seus tipos maternais, Jung (2014) não encontra sacrifício no arquétipo da hipertrofia do aspecto maternal, pois, ao autor, as mulheres não tinham um “eu” a sacrificar. Esta dissertação, então, pretende requalificar este conceito de arquétipo; não criar um arquétipo novo, mas atualizá-lo no que tange a correntes que explicariam como, de fato, o “eu” das mulheres embebidas neste arquétipo está adormecido mediante fenômenos sociais, como a imposição da maternidade e a reivindicação por um trabalho doméstico remunerado, e o próprio mito de Ifigênia. Sra. Ramsay, em Ao farol, representa Ifigênia enquanto aquela que se sacrifica por um bem maior (os homens) em meio a um caos social. Lily Briscoe, no entanto, faz parte das mulheres que rechaçam o arquétipo da mulher imolada enquanto uma defesa contra a mãe, segundo os aspectos jungianos. Também, este texto traz à tona o mito enquanto uma ferramenta útil a desvendar as inúmeras tentativas de condicionamento feminino a uma vida de submissão perene. Para chegar aos resultados, foram utilizados os autores Badinter (1980, 2011), Beauvoir (2008), Federici (2019), Friedan (1984), Frye (1973), Golden (2016, 2010), Jabouille et al. (1993), Jung (2001, 2014), Hooks (2018), Kehl (2009), Macfarlane (1990), Meruane (2018), Rank (2013), Pinho (2015), Sitta (2021), Stevens (2005), Woolger e Woolger (2007) e Woolf (2013, 2014, 2019).", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Escola de Humanidades} }