@MASTERSTHESIS{ 2021:232367841, title = {Rogério Sganzerla : rastros de antropofagia no rosto de personagens do cinema marginal}, year = {2021}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9677", abstract = "O presente trabalho pretende investigar os rastros de antropofagia no rosto de personagens do Cinema Marginal demonstrado pelos longas-metragens do cineasta brasileiro Rogério Sganzerla: Sem essa, Aranha (1970) e Copacabana mon amour (1970), que foram produzidos em meio a um cenário turbulento, e em plena Ditadura Militar, com destaque para a neo antropofagia e o Cinema Novo que, dentre outros movimentos engajados, dialogaram com a cinematografia do cineasta. O problema da pesquisa é fomentado pela discussão acerca da presença de uma antropofagia (Andrade, 1990; 2017) no rosto (Deleuze, 2005; 2010; 2018) pertencente às obras, capazes de influenciar a produção de sentidos dos filmes. Daí a suspeita do surgimento de uma antropofagia que se desvela em pequenos detalhes de atos em que os personagens devoram simbolicamente o opressor para aumentarem suas potencialidades, em contraponto ao Cinema Novo. Tal questão parte do pressuposto de que os personagens se alimentam do inimigo e regurgitam contra ele em planos da face e em rastros deixados nas imagens que deslocam o analista para uma posição mais ativa diante dos filmes. Além dos teóricos já citados, trabalhamos também com as ideias de Pierre Clastres (1995), Beatriz Azevedo (2018), Antônio Candido (1964, 1976, 2006) e Guiomar Ramos (2008) para uma compreensão da antropofagia que perpassa diferentes maneiras de inserção do tema ao longo do tempo, com ênfase no cinema antropofágico, além de Fernão Ramos (1987), Jairo Ferreira (2000, 2012), Jean-Claude Bernadet (1991, 2004), Eugênio Puppo (2012) e Ismail Xavier (2012) assim como depoimentos dos próprios diretores, que nos ajudam a desvendar a complexidade do Cinema Marginal. Trago também, além de Gilles Deleuze, Roberto Machado (2009) e Pedro Guimarães (2016a; 2016b), pois se trata aqui de uma antropofagia incluída no rosto dos personagens, assim busquei desenvolver os conceitos de imagem afecção, rosto e rostidade para amparar a categoria de análise da pesquisa. A metodologia, por sua vez, foi embasada pelos estudos de Walter Benjamin (1994) à luz do conceito de rastros, sendo que se bem buscados e organizados podem compor um mosaico capaz de reconfigurar imposições e injustiças históricas", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social}, note = {Escola de Comunicação, Arte e Design} }