@PHDTHESIS{ 2020:9746458, title = {O que o jornalismo pode ser : a expansão das fronteiras do jornalismo pós-industrial}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9472", abstract = "Este trabalho trata das transformações do jornalismo a partir da expansão de suas fronteiras no contexto pós-industrial. Com um ecossistema cada vez mais complexo de atores e práticas, as definições da profissão estão mais fluídas, rejeitando a dualidade do ser ou não jornalismo. Esta tese se debruça, portanto, sobre o que o jornalismo pode ser em um contexto digital e pós-industrial, fazendo isso a partir de um estudo de caso de trabalho nas fronteiras, com a consultoria norte-americana Hearken. A discussão aprofundada de uma prática situada na periferia endereça as seguintes perguntas de pesquisa: como a natureza de organizações além do jornalismo, como a Hearken, impacta a expansão das fronteiras do jornalismo?; como as atividades e habilidades de jornalistas trabalhando em uma iniciativa além do jornalismo se relacionam com a expansão de fronteiras do jornalismo?; como iniciativas além do jornalismo, como a Hearken, impactam o ecossistema do jornalismo pós-industrial?. Para tanto, este estudo teve como principal método uma observação na sede da empresa em Chicago por dez dias, acompanhada por entrevistas com funcionários, uma dinâmica em grupo e análises documentais de materiais da empresa. Como referencial teórico, apoia-se nos conceitos de além do jornalismo (DEUZE e WITSCHGE, 2020) e jornalismo pós-industrial (ANDERSON et al., 2013) para caracterizar o dinamismo do jornalismo contemporâneo. Para as discussões acerca de natureza histórica e atual do jornalismo, utiliza-se Ryfe (2012), Deuze e Witschge (2015; 2016; 2020), Deuze (2005; 2006; 2008a; 2008b), Kantola (2016), Traquina (2018), Schudson (2011), além da noção de campo de Bourdieu (1977). Emprega-se também uma caracterização do jornalismo enquanto sistema complexo, baseada em Morin (2015; 2016), Luhmann (1996), Erdi (2008), Urry (2005; 2005b), Nowotny (2005) e Mitchell (2009). Para abordar o jornalismo enquanto sistema de profissões e seu trabalho de fronteiras, se segue Abbott (2014), Gieryn (1983, 1999), Carlson (2015), Coddington (2015), Singer (2015), entre outros. Percebe-se que a Hearken representa a expansão de diversas fronteiras do jornalismo, algo visível tanto a nível de empresa quanto de seus funcionários e suas habilidades e atividades. Observou-se a diferenciação entre produtor e facilitador de/para o jornalismo, com uma ampliação das áreas de atuação de profissionais neste último. Isto é uma demonstração da expansão das fronteiras do campo, que não possui sempre uma visão clara de si mesmo. O estudo propõe também a emergência de iniciativas denominadas interpioneiros. Estes atores têm similaridades com interlopers (ELDRIDGE, 2014) e iniciativas de jornalismo pioneiro (HEPP e LOOSEN, 2019), porém com características únicas. Um interpioneiro busca influenciar o jornalismo e sua audiência por meio de impacto indireto com ações acessórias, a partir de uma comunidade de práticas experimentais, ao mesmo tempo em que questiona a definição de “jornalismo” e “jornalista”.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social}, note = {Escola de Comunicação, Arte e Design} }