@PHDTHESIS{ 2020:473230894, title = {Rotas críticas de mulheres idosas em situação de violência : o caminho percorrido até o atendimento na rede de proteção}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9403", abstract = "A violência contra a mulher é um fenômeno sem fronteiras de classe social, raça, nacionalidade e idade. A maior longevidade das mulheres em relação aos homens favorece o fato conhecido como feminização da velhice. Urge investigar a violência contra a mulher idosa por ser um problema ainda invisibilizado. Não raro é sofrer nova revitimização quando procura auxílio na rede de proteção. Este estudo tem como objetivo geral analisar as rotas críticas percorridas por mulheres idosas em situação de violência, desde a revelação da violência sofrida até o atendimento na rede de proteção. Os objetivos específicos são: conhecer as características sociodemográficas, educacionais e culturais; identificar os fatores obstaculizadores e facilitadores na busca pelo acesso aos direitos; analisar a rede de atenção (formal e informal) disponível; analisar os fatores que dificultam ou facilitam a articulação do atendimento em rede para o enfrentamento da violência e conhecer a percepção das mulheres idosas e dos profissionais sobre a violência e o atendimento na rede de proteção. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa, com investigação conduzida com base no método do caminho crítico ou de rotas críticas. Foi realizada uma revisão integrativa sobre o tema e entrevistas com 10 mulheres idosas atendidas pelo Centro Integrado de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa – CIPDI e pela Delegacia Especializada em Crimes contra o Idoso – DECCI, bem como com 8 profissionais que atuam nesses locais. Os dados foram analisados com base na análise textual discursiva de Roque Moraes. Os resultados apontam que, entre os fatores que dificultam o enfrentamento da violência contra as mulheres idosas, está o desconhecimento do que é violência e de se reconhecerem como vítimas, bem como da legislação e serviços que as protegem e amparam, e a dificuldade que elas têm de realizar a denúncia para proteger os familiares ou por medo de represálias. Como fatores que facilitam a denúncia estão o estado de saturação com a situação vivida e a existência do suporte informal fornecido por familiares, vizinhos e amigos, e do suporte formal fornecido pelas instituições de apoio, ressaltando-se a importância da acolhida e das orientações recebidas nesses locais para que elas decidam percorrer as rotas críticas em busca do acesso por direitos de proteção quando enfrentam qualquer situação de violência. A partir dos achados, defendemos a tese de que existe uma invisibilidade da dimensão de gênero no atendimento à violência contra a mulher idosa, bem como na literatura disponível existente sobre a violência contra a pessoa idosa. A ampla rede de atendimento à violência contra a mulher existente na cidade de Manaus-AM não tem sido suficientemente acessada pelas mulheres idosas e a falta de formação dos profissionais da rede de proteção e apoio ao idoso na perspectiva de gênero resulta em obstáculos no enfrentamento à violência vivenciada. É necessário promover uma melhor capacitação dos profissionais que as atendem nas instituições de apoio sobre questões relacionadas à violência de gênero e realizar campanhas alusivas à violência que incluam as mulheres idosas, sendo estas ações que urgem por discussão para que se pensem propostas eficazes destinadas a amenizar esse grave problema social e de saúde pública.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica}, note = {Escola de Medicina} }